Desde terça-feira o Amazonas contabiliza mais de mil casos da Covid-19 por dia, segundo dados da FVS-AM. Ainda diante do cenário pandêmico, a população é submetida ao risco de contaminação pela doença ao procurar por atendimento médico na rede pública de saúde.
Embora o estado tenha recebido verba para construção de novos leitos, o atendimento continua precário nos hospitais. Seguidores do Portal Manaós relataram a ausência de álcool em gel e distanciamento social em diversas unidades da capital.
Com 298 pessoas internadas em leitos, 252 em UTI e sete em sala vermelha, o Governo do Amazonas, responsável pela administração destes unidades, adota postura imprudente diante ao momento de recuperação da crise na saúde.
Nesta manhã (26), uma seguidora registrou o momento em que se dirigiu ao Hospital Delphina Aziz e desistiu de prosseguir com o atendimento por conta da fila quilométrica e da aglomeração. “Muitas pessoas tumultuadas, quase um quarteirão de pessoas para entregar e realizar exames.” Salientou ela.
Durante o ano passado, o Delphina Aziz foi alvo de inúmeros inquéritos da CPI da Saúde pela falta de organização e informação da Organização Social (OS) e a não fiscalização da regulação pela Secretaria de Estado de Saúde (Ses-AM).
As investigações referem-se, também, ao contrato de gestão nº 001/2019 com o Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH) que recebeu cerca de R$ 17 milhões e a Zona Norte Engenharia, Manutenção e Gestão de Serviços S.A, cujo contrato custou R$ 13 milhões. Ao todo, o contrato com as duas empresas custam cerca de R$ 30 milhões aos cofres públicos.
Já em 2021, o Governo Federal enviou mais de R$ 8,91 bilhões, sendo cerca de R$ 2 bilhões para a saúde, ao Governo do Amazonas e, ainda sim, a população carece de itens básicos no atendimento na rede pública de saúde.
- Fonte: Redação Portal Manaós / Diário do Amazonas
- Imagem: Divulgação / Portal Manaós