Segundo a polícia, conforme as apurações realizadas na investigação do “Caso Henry”, o responsável pela morte é o padrasto, vereador Dr. Jairinho, tendo a mãe da vítima como cúmplice no crime, por omissão. O casal foi preso nesta quinta-feira (8).
O pai da vítima em entrevista contou como foram esses últimos momentos com o filho antes de entregá-lo para os cuidados da mãe.
“Quando eu fui entregar para ela, a Monique veio, eu falei ‘vai com a mamãe’, e ele: ‘não papai, não quero ir. Me dá mais um dia. Deixa eu ficar mais um dia com você’. Eu falei vai com a mamãe, porque eu tinha que trabalhar no dia seguinte. E ela falou: ‘filho, amanhã tem escolinha, amanhã tem futebol, natação’. E ele disse ‘não, mamãe, eu não gosto'”, relatou Leniel, sobre os detalhes do seu último encontro com o filho.
O pai da vítima, também responsabiliza Monique por não ter evitado a morte de Henry.
“Eu não acreditava que a Monique como mãe poderia estar encobrindo algo nesse sentido, ou que tivesse esse tipo de participação. Porque mãe é mãe. Eu não acreditava que uma mãe poderia estar encobrindo algo de tamanha monstruosidade. Os dias se passaram, ouvimos depoimentos, casos de ex-mulheres de Jairinho. Então, a gente já sabia mais ou menos quem era Jairinho. Mas o papel da Monique na sequência de fatos e na omissão de proteção como mãe. Acho que eu duvidava que ela podia realmente ter encobertado”, comentou Leniel.
Leniel lembrou ainda que o filho disse que havia sido machucado pelo padrasto, e que a ex-mulher negou essa possibilidade e ainda disse que “mataria” caso a agressão acontecesse.
“Ela falou, esquece, isso não acontece, inclusive eu mataria se eu descobrisse que o Jairinho faz … que ele machuca o nosso filho (…) ‘Como é que pode uma mulher que fala que mata por causa do filho estar do lado de alguém que matou o dela?’, questionou. “Demoníaco, assustador.”
Thayná de Oliveira Ferreira, babá do menino Henry Borel, e Leila Rosângela de Souza, empregada doméstica da casa de Monique Medeiros e vereador Dr. Jairinho, mentiram em seus depoimentos sobre a morte da criança, segundo a polícia.
Os agentes descobriram que as duas se reuniram previamente com o advogado de Dr. Jairinho e Monique.
Segundo a investigação, Thayná sabia que Henry era agredido. Já Rose teria mentido ao dizer que Dr. Jairinho não ficava sozinho com a criança.
Além disso, Rose estava no apartamento do casal em pelo menos uma vez em que o menino foi agredido pelo vereador, um mês antes do assassinato.
- Fonte: G1.
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