Nesta última terça-feira (20), o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) afirmou à Procuradoria Geral da República (PGR) que é vítima de stalking do senador Renan Calheiros (MDB-AL). Ele pediu que Augusto Aras, jurista e atual procurador-geral da República, investigue o relator da CPI da Pandemia por abuso de autoridade.
O senador acusou Renan de ser “ressentido”, promover “assédio” e agir “ilicitamente” com motivação “vil” e de “vingança”. Segundo Flávio, o colega de CPI cometeu o crime de stalking, aprovado pelo Congresso, e sancionado pelo presidente da República e seu pai, Jair Bolsonaro, em abril.
Esse crime prevê detenção de seis meses a dois anos, além de multa, por “perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade”, disse sua representação à PGR.
“A pretexto de contribuir com o objeto da CPI da Covid, o representado age ilicitamente, invadindo a vida privada do representante promovendo um tipo peculiar de assédio”, escreveu, acrescentando: “A ação do representado vai muito além de um mero aborrecimento ou simples infortúnio”.
Flávio Bolsonaro também afirmou a Aras que Renan Calheiros pediu informações à Receita Federal sobre os advogados Frederick Wassef e Willer Tomaz de Souza, que segundo Flávio são pessoas de seu “convívio pessoal”.
Em entrevista concedida no último dia 8, Calheiros afirmou que a CPI investiga o envolvimento de Flávio no caso Covaxin, esquema que pode ter envolvido a promessa de propina para a compra da vacina indiana pelo Ministério da Saúde. O relator também defendeu investigações sobre os dois advogados ligados a Flávio.
- Fonte: Congresso em Foco / Metrópoles.
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