Nesta segunda-feira (2), a China restabeleceu o confinamento para milhões de pessoas, após sofrer o maior surto de coronavírus em meses, agravado pela circulação da variante Delta. O país pretende aplicar testes em massa e restringir viagens.
Foram 55 novos casos de coronavírus reportados hoje, todos infectados por transmissão local. São mais de 20 cidades afetadas pela disseminação da mutação, incluindo a capital Pequim. Milhões de pessoas já foram testadas e casos de contato são colocados em quarentena, dentro de complexos residenciais.
Surtos em várias cidades
A cidade Zhuzhou, no centro da província de Hunan, ordenou o confinamento de mais de 1,2 milhão de moradores em suas casas pelos próximos três dias, enquanto uma campanha de vacinação e de testes é realizada em toda a cidade, de acordo com um comunicado oficial. “A situação ainda é sombria e complicada”, afirmou o governo de Zhuzhou.
A situação se instala no país quando Pequim já comemorava o sucesso em ter reduzido os casos domésticos de Covid-19 a praticamente zero desde que o coronavírus surgiu pela primeira vez em Wuhan, no final de 2019. O controle da pandemia já permitia uma forte recuperação econômica.
Mas a calmaria não durou muito. O mais recente surto, que ocorreu no último dia 20 de julho, ligado a um foco em Nanjing, onde nove funcionários do serviço de limpeza de um aeroporto internacional testaram positivo, ameaça essa tranquilidade, com mais de 360 casos domésticos registrados nas últimas duas semanas.
Estudos apontam perigo da variante Delta
Rival da China no âmbito político e ideológico, o EUA divulgou, durante a semana passada, estudos comprovando que a variante Delta da Covid-19 parece causar doenças mais graves, e se mostra tão contagiosa quanto a catapora.
Com este cenário, o país tem retornado com medidas restritivas mais rígidas, como a utilização obrigatória de máscaras.
O documento emitido pelo Centro de Controle de Doenças (CCD) do país enfatiza que a variante passa de uma pessoa para outra mais rapidamente do que o Ebola, um resfriado comum, a gripe sazonal e o sarampo.
- Fonte: G1.
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