Durante a noite desta última sexta-feira (13), a ex-deputada e cantora gospel, Flordelis foi presa em sua casa, em Niterói, Rio de Janeiro. A mulher é acusada de mandar matar seu próprio marido, pastor Anderson do Carmo, no ano de 2019.
A Justiça do Rio de Janeiro acolheu o pedido feito pelo Ministério Público do estado e decretou a prisão preventiva. Ela foi levada para a Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, como mostraram imagens, divulgadas por veículo de comunicação fluminense. Segundo a TV, logo após, ela foi encaminhada ao IML (Instituto Médico-Legal) e ao presídio de Benfica.
A prisão ocorre dois dias depois dela ter seu mandato cassado pela Câmara dos Deputados, por 437 votos a favor da decisão. Além de perder o cargo e ficar inelegível por determinação da Lei da Ficha Limpa, Flordelis perdeu a imunidade parlamentar, o que facilitou a prisão.
Antes de ser levada pela polícia, a pastora fez uma live, na qual pediu para seus fãs fazerem uma corrente de oração.
“Façam uma corrente de oração a meu favor. Tenham convicção de que eu não cometi crime algum. Eu sou inocente. Haja o que houver, aconteça o que acontecer. Ainda que me levem para uma prisão, lá na prisão eu serei adoradora [de Deus]. Para quê, eu ainda não sei. Mas ele [Deus] está me levando para lá [prisão].”
Nega todas as acusações
Antes da votação pela cassação, Flordelis disse ser inocente no plenário da Câmara e pediu para ser julgada “pelo povo”.
“Eu não posso e não devo pagar pelos erros de ninguém”, declarou. “Quando o Tribunal do Júri me absolver, vocês vão se arrepender de ter cassado uma pessoa que não foi julgada”.
“Caso eu saia daqui hoje, saio de cabeça erguida porque sei que sou inocente. Todos saberão que sou inocente, a minha inocência será provada e vou continuar lutando para garantir a minha liberdade, a liberdade dos meus filhos e da minha família, que está sendo injustiçada.”
O caso
Anderson foi morto a tiros dentro de casa na madrugada de 16 de junho de 2019 em Niterói, região metropolitana do Rio.
Segundo a investigação, Flordelis planejou o homicídio e foi responsável por arregimentar e convencer o executor direto e demais acusados a participarem do crime sob a simulação de ter ocorrido um latrocínio. A deputada também financiou a compra da arma e avisou da chegada da vítima no local em que foi executada, de acordo a denúncia.
O motivo do crime, descreve a denúncia, seria o fato de a vítima manter rigoroso controle das finanças familiares e administrar os conflitos de forma rígida, não permitindo tratamento privilegiado das pessoas mais próximas a Flordelis, em detrimento de outros membros da numerosa família (ela tem 54 filhos).
- Fonte: Terra / UOL.
- Foto: Divulgação.