domingo, outubro 6, 2024

Saúde – “Doença da urina preta!” – Engenheira de alimentos e engenheiro de pesca falam sobre: “Surto de casos da Síndrome de Haff no Brasil.”

Atualmente, estamos presenciando um surto da doença da urina preta em várias regiões do Brasil.

A doença causa paralisia muscular e problemas renais oriundos da toxina encontrada em alguns peixes e crustáceos, ou seja é comum não só em peixes de água doce como também em organismos de água salgada.

Mediante ao cenário em que se propagam as notícias, é valido ressaltar que a toxina pode surgir devido a ingestão de algas por tais peixes ou devido ao armazenamento inadequado desses animais; e que nem todos os peixes comercializados possuem essa contaminação.

Inclusive a Associação Brasileira da Piscicultura já esclareceu que peixes criados profissionalmente, ou seja em ambientes controlados, seguindo a legislação e as boas práticas não oferecem riscos à saúde do consumidor, uma vez que seguem rígidos protocolos sanitários, conferindo aos peixes de cultivo alto nível em segurança de alimentos.

A engenheira de alimentos Ana Flávia Amâncio da empresa Anauê Segurança de Alimentos alerta:

“É importante garantir a compra de pescados em locais com qualidade e segurança, em que se conheça a verdadeira procedência e cuidados com armazenamento e higiene, pois apesar do cozimento ao alimento, a toxina além de destruir as fibras musculares do ser humano também libera elementos que são absorvidos pelos rins, que tornam a urina preta.”

De forma complementar, o Engenheiro de Pesca da Secretaria de Produção Rural do Amazonas, Flávio Ruben informa que, inicialmente, a contaminação está acontecendo em regiões do baixo Amazonas, como Itacoatiara, Parintins e Silves.

É recomendado que, uma vez que não existe nenhum estudo que comprove cientificamente essa infestação, a população amazonense adquira pescados de origens confiáveis, sobretudo evitando a aquisição de espécies onde já ocorreu registros da contaminação. Logo, é importante que as pessoas perguntem a origem do pescado no momento da aquisição. É recomendado também que o consumidor procure adquirir o pescado em locais de confiança do mesmo, onde ele já tenha um histórico de compras, evitando uma possível contaminação até posicionamentos mais conclusivos por parte da FVS (Fundação de Vigilância em Saúde).

Logo, orienta-se o consumo da proteína de maneira resguardada e não a abolição da mesma, já que além da questão econômica – afetada pelas desinformações, existe a prática cultural de consumo de pescados, principalmente na região Amazônica.


  • Fonte: Da Redação.
  • Foto: Divulgação.

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