Dados da mais recente pesquisa Datafolha mostram que, em 2018, o presidente Jair Bolsonaro teve como eleitorado uma grande mistura ideológica.
A ‘confusão’ rende atualmente aouma queda no apoio entre os seus eleitores, com a maior parte dos arrependidos passando a defender um impeachment e migrando para Lula (PT) em um eventual segundo turno em 2022.
Entre aqueles que disseram ter votado em Bolsonaro em 2018, há quem se mantenha fiel.
Nesta parcela, se comparado ao ao levantamento geral, o governo é melhor avaliado e Bolsonaro não é responsabilizado pelo desemprego, inflação e crise energética.
Enquanto a maioria da população geral (53%) avalia o governo como ruim ou péssimo, entre os eleitores do presidente o índice é de apenas 22%. A maior parte dos bolsonaristas (46%) indicou que vê o atual governo como ótimo ou bom. Esse volume é de apenas 22% na avaliação da população geral.
Segundo a pesquisa, a confiança em Bolsonaro caiu entre seus próprios eleitores.
- 25% nunca confiam no que ele diz.
- 34% indicam que sempre confiam nas declarações do presidente.
- 40% às vezes confiam no discurso de Jair Bolsonaro.
Ainda entre os eleitores do atual presidente, 24% passaram a defender que o Congresso avalie o processo de impeachment. A proporção é bem menor do que a população (56%), mas confirma a massa de bolsonaristas arrependidos.
Esse mesmo um quarto de eleitores que dizem não confiar nas declarações do presidente e defender o impeachment indica que, em um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, migrariam seus votos para o petista.
- Ao todo, 23% votariam em Lula.
- 65% repetiriam o voto em Bolsonaro.
- 12% votariam em branco ou nulo este cenário.
No cenário de primeiro turno, Lula também é o que vai melhor entre os arrependidos do voto em 2018.
- 16% votariam no petista
- 7% em Ciro Gomes (PDT)
- 6% em João Doria (PSDB)
- 3% em Luis Henrique Mandetta (DEM)
- 9% em branco, nulo nenhum.
- Só 56% repetiriam o voto em Jair Bolsonaro.
Os bolsonaristas ouvidos pela pesquisa também mostraram que estão em dissonância com o presidente quando o assunto é pandemia.
- Fonte: CartaExpressa.
- Foto: Divulgação.