domingo, setembro 29, 2024
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Política – O “puxadinho milionário” pode ser ético, mas é imoral.

Você já se deu conta que muitas ações políticas apesar de éticas são imorais?

O cenário político brasileiro passa por momentos cada vez mais delicados diante de tantos escândalos noticiados diariamente pela imprensa.

Manaus ganhou destaques nessas últimas semanas sobre a polêmica em razão do 2º anexo orçado em R$ 32 milhões na Câmara Municipal de Manaus, onde, o vereador David Reis (Avante) objetivava a construção do “puxadinho milionário”

A falta de moralidade e ética de diversos políticos com o passar dos anos tem sido cada vez mais repudiada pela população, que começa a entender que, a política faz parte do seu cotidiano, ou seja, a política não é um fenômeno isolado.

Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) foi o primeiro filósofo a tratar da ética como uma área própria do conhecimento, sendo considerado o fundador da ética como uma disciplina da filosofia. Para o filósofo a ética (do grego Ethos, “costume”, “hábito” ou “caráter”) está diretamente relacionada com a ideia de virtude e da felicidade.

Segundo o filósofo, tudo tende para o bem e a felicidade da vida humana. Entretanto, no caso do “puxadinho milionário” acredito que a maior decepção da população seja realmente a falta de felicidade, onde o valor orçado esteja sendo empregado para a felicidade única e exclusiva dos políticos recém-eleitos para lutar pela felicidade e bem-estar do povo que os elegeram.

Os dias atuais não estão sendo fáceis para milhares de manauaras, que além de estarem sentindo a ressaca dos impactos da pandemia da Covid-19, sentem o gosto amargo do fel sobre a inflação econômica no país. Nesse momento, milhares de pessoas não tem o que comer, não conseguem pagar água, energia, gás e se quer comprar o ovo e a conserva.

Em um caos tão visível, onde fomos o centro da pandemia durante a chamada “segunda onda”, milhares de pessoas ficaram órfãos, famílias estão destruídas sem esperança e sem recursos.

As ações colocadas em prática pela prefeitura de Manaus, como o auxílio manauara, tem sido uma política de transferência de renda que chega em boa hora para ajudar a alimentar aqueles que já ultrapassaram a extrema pobreza.

O efeito em cadeia sobre crise econômica no país, deveria gerar no mínimo, empatia e solidariedade aos políticos.

‘Por isso acredito, que o “puxadinho milionário” tenha sido como um “tiro no peito” daquele que já está morrendo. A “fome não espera, a fome dói” e caberia aos vereadores, em especial, ao presidente da CMM, a ideia e a boa vontade de remanejar esses 32 milhões, para matar a fome do povo que apertou a tecla “FIM”, logo após visualizarem a imagem de seus respectivos representantes. “


  • Por: Erica Lima Barbosa.
  • Foto: Divulgação.

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