sexta-feira, novembro 22, 2024

Economia – Pesquisa indica que economia está ruim ou péssima para 70% dos brasileiros.

Sete em cada dez brasileiros estão pessimistas quanto à situação econômica do Brasil e avaliam que a economia está ruim ou péssima, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) feita pelo Instituto FSB.

Na visão dos entrevistados, 47% classificam a situação econômica do país como péssima, 23% acham que está ruim, 21% consideram regular, 7% dizem estar boa e apenas 1% vê como ótima.

O cenário atual, de inflação e desemprego elevados, volta da fome, baixo crescimento previsto para o ano que vem, aperto nos juros e perda de fôlego na recuperação após os piores momentos da pandemia, parece se refletir no desânimo do brasileiro.

Em 12 meses, até outubro, a inflação oficial do País, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), avançou 10,67%, e, na quarta-feira, 8, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa básica de juros (Selic) para 9,25% ao ano.

No caso da percepção de inflação, 73% dos entrevistados pela CNI avaliam que os preços aumentaram, 15% dizem que ficaram iguais e somente 8% veem uma diminuição (enquanto 3% não souberam responder).

Neste contexto, a maioria esmagadora (75%) dos brasileiros se dizem afetados ou muito afetados pelo aumento de preços e 10% avaliam que foram pouco ou nada prejudicados pela inflação.

Além disso, para 54% a inflação ainda deve aumentar, e 74% dizem que tiveram de reduzir gastos para atravessar a situação de aperto na economia.

MEDO DE PERDER O EMPREGO VOLTA A AUMENTAR

Do ponto de vista do mercado de trabalho, outro dado preocupante: o medo de perder o emprego, que vinha caindo, voltou a crescer, de 52%, em julho, para 61%, em novembro. Para 16% o temor é muito grande, para 24%, ele é grande, e para 21%, é médio. O percentual dos que não têm qualquer receio encolheu de 32% para 21% da população empregada.

Pelos dados mais recentes, a desocupação medida pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua era de 12,6% no terceiro trimestre.

Ao compararem a situação econômica com a de crises passadas, 49% dos brasileiros acreditam que a crise atual é mais grave e 31% dizem que é tão grave quanto cenários negativos anteriores. Entre os mais otimistas, 14% avaliam como menos grave e 2% acham que o momento atual não é grave. Os que não souberam opinar são 3%.

Olhando para os últimos seis meses, 56% dizem acreditar que a economia piorou e 22% consideram que melhorou. Ao olhar para o futuro, nos próximos seis meses, o sentimento já é dividido: 34% imaginam que a situação irá melhorar, enquanto 32% anteveem uma piora.

Segundo o presidente da CNI, Robson Andrade, a solução para reverter a situação em que o Brasil se encontra passa necessariamente pelo investimento em inovação e pela aprovação de reformas estruturantes que melhorem o ambiente de negócios no país.

O instituto entrevistou presencialmente 2.016 pessoas, com idade a partir de 16 anos, em todos os estados do país entre os dias 18 e 23 de novembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.


  • Fonte: Revista Cenarium.
  • Foto: Divulgação.

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