Em Peruíbe, litoral paulista, na aldeia Tapirema, Guaciane Gomes que é líder na comunidade e professora há quase 10 anos teme que a língua seja esquecida pela falta de incentivo aos mais novos, sendo assim, quatro professoras desenvolveram um livro didático.
“A gente fica muito preocupado em perder a língua tupi-guarani, porque a tecnologia afeta muito os jovens, e às vezes acaba até prejudicando. Eles não querem saber de estudar, da cultura, e isso é uma realidade das comunidades”, relata a professora.
O livro foi produzido por três professoras indígenas e uma não indígena, voltado a crianças na fase da alfabetização, é recheado de cultura indígena, contendo histórias de comida, animais e uma sequência de ordem alfabética. As professoras começaram a produzi-lo no final de 2019, cada uma contribuiu de um jeito diferente, de tradução ao design gráfico.
Apesar de pronto, o livro ainda não foi publicado por falta de recursos. De acordo com Guaciane, o projeto foi enviado à Funai, mas ainda não tiveram resposta.
Uma das contribuintes na construção do material é Karen Villanova, que é documentarista e após sua ida à aldeia Tapirema para a produção de um filme sobre educação intergeracional, sugeriu a confecção do livro.
- Fonte: Informações da redação com Observatório do Terceiro Setor.
- Foto: Divulgação.