Presidente do Instituto Pontual e especialista em pesquisas eleitorais, Eric Barbosa fez nesta terça-feira, 28/12, juntamente com o jornalista e marqueteiro, Jefferson Coronel, uma breve análise de como deve ser o comportamento do eleitorado em 2022 no que tange a disputa para o governo do Amazonas. Os profissionais falaram ainda da disputa que deve ocorrer em torno de três nomes para o Senado Federal.
Barbosa adiantou se tratar de uma pesquisa interna do Instituto Pontual e que somente em meados de fevereiro de 2022 deve transformar-se em indicativo mais contundente quanto a disputa eleitoral. De acordo com ele, somente no próximo ano será possível analisar com mais eficiência se as entregas que o governador Wilson Lima (PSC) tem realizado em Manaus e, sobretudo, no interior do Estado vão continuar representando recuperação na imagem de sua administração entre o eleitorado.
“Este ano, 2021, foi marcado para quem faz monitoramento, pesquisas por um comportamento contínuo dos dados. Mas, a partir da segunda quinzena de novembro em diante, o fato novo que movimentou os bastidores da política, foi justamente essa recuperação do atual governador do Estado Wilson Lima, principalmente no cenário da capital. Ou seja, é o fato que marca o fim deste ano. Primeiramente a baixa da reprovação da gestão dele e o aumento das intenções de voto dele na capital. Isso é um fato que já é de conhecimento, principalmente, nos bastidores da política”, afirmou.
O pesquisador continuou sua análise e afirmou que a recuperação na imagem da administração do atual governador tem provocado importantes movimentações e acendido o alerta nos adversários diretos, os ex-governadores Amazonino Mendes e Eduardo Braga (MDB).
“A gente está num ano que antecede as eleições do governo do Estado, que é uma eleição grande e que mexe com a estrutura, que mexe com muito grupo político. Vamos ter novas emoções, novas expectativas principalmente nas próximas pesquisas que serão realizadas a partir de fevereiro. No final de fevereiro a Pontual vai lançar a sua primeira pesquisa publicada e a gente vai constatar essa questão dessa briga acirrada entre Eduardo Braga, Wilson Lima e Amazonino Mendes. Tecnicamente falando, uma equação matemática que nos permite dizer como especialistas em pesquisa de intenção de votos, é que a eleição está muito aberta”, afirmou.
Um dos fatores constatados pelo levantamento interno do Instituto Pontual é que as entregas feitas pelo governados Wilson Lima, bem como a participação dele nas ações no interior do Estado tem contribuído sobremaneira para a recuperação da sua aceitação entre o eleitorado.
“O pagamento do Fundeb, do Auxílio Permanente e outras iniciativas ainda não foram capturados nas pesquisas integralmente. Matematicamente falando até na nossa pesquisa interna, concluída alguns dias atrás, a gente não conseguiu captar ainda todo o efeito que isso alcançou. Cerca de 32 mil servidores da educação, Auxílio Permanente, que tem uma extensão tanto na capital quanto no interior. O principal diagnóstico finalizando esse ano sobre essa eleição é que nós temos uma equação bem complicada e sensível. No próximo ano, quando você olha pro cenário do interior, você vê o Eduardo Braga com desempenho um pouco melhor. O Amazonino e o Eduardo meio que brigando pela primeira posição e o Braga e o Wilson brigando pela segunda”, falou.
O comportamento de recuperação e de baixa na rejeição da gestão Wilson Lima pode indicar que o atual governador chegue, entre o final de fevereiro e início de março, com números favoráveis para estar no segundo turno das eleições.
“Amazonino Mendes e Eduardo Braga entram 2022 muito preocupados com a eleição, se já não estiverem preocupados hoje. Tem algumas particularidades que somente o atual governador, que está com toda a estrutura, pode alcançar. Um exemplo disso é Coari. Antes da eleição suplementar, o Amazonino chegava perto de 38% e o Wilson chegava praticamente a 20%. Hoje em Coari, após a eleição, você já encontra empate técnico entre Amazonino e Wilson. Então você começa a ver que quando se aproximar da eleição, motivado por esses fatores, inevitavelmente você há de esperar que o atual governador poderá ter crescimento, como foi constatado no caso isolado da eleição suplementar em Coari”, afirmou.
Senado – Sobre a disputa para o Senado Federal, o presidente do Instituto Pontual reforçou que Omar Aziz (PSD), Arthur Virgílio Neto (PSDB) e Alfredo Menezes (Patriota) disputam “ombro a ombro” a intenção de votos na capital e que Omar obtém uma breve vantagem no interior.
“A disputa para o Senado, no meu ponto de vista, o que vai definir o resultado de quem vai conseguir essa vaga será o interior do Estado. Hoje, 75% do eleitorado de Manaus já decidiu o seu candidato para o Senado, mostrando empate técnico entre o Arthur e o Menezes, mas quando você olha para o interior do Estado há uma certa liderança do Omar. Estrategicamente, o que propiciaria vantagem para o atual senador Omar Aziz é que se na capital tiver mais candidatos a proporção se dividiria e ele se beneficiaria, provavelmente, conseguindo se reeleger por conta dos votos que vêm do interior. Um exemplo disso ocorreu em 2018, quando o senador Eduardo Braga perdeu feio na capital, mas ganhou com os votos de uma urna que veio do interior. Então essa divisão de focos na capital, para o Senado, beneficia o atual senador”, finalizou.
- Fonte: Informações da redação.
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