O preço do petróleo vem batendo recordes no início de 2022, impulsionado pelo aumento da demanda com a retomada da economia e pelas tensões entre Rússia e Ucrânia. Segundo especialistas, esse aumento vai acabar chegando ao preço dos combustíveis no Brasil. A política de preços da Petrobras, adotada em 2016, prevê que o valor cobrado por combustíveis como gasolina e diesel, derivados do petróleo, seja atrelado ao mercado internacional, em dólar. Por isso, oscilações no exterior acabam tendo impacto para o consumidor brasileiro.
Gasolina precisa subir 8%, dizem importadores
O último reajuste feito pela Petrobras foi anunciado em 11 de janeiro. A alta foi de 4,85% para a gasolina e 8,08% para o diesel. Nesse dia, segundo a agência Reuters, o barril do petróleo tipo Brent estava cotado a US$ 83. Agora, o preço já está na faixa dos US$ 90 —e previsões de instituições como o banco Goldman Sachs apontam que a cotação pode chegar a US$ 100 em 2022. Sérgio Araújo, presidente-executivo da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), afirma que, na última quinta-feira (27), a defasagem dos preços cobrados pela Petrobras já estava “muito elevada”.
A Petrobras já deveria ter subido [os preços]. [Na quinta], a expectativa do mercado já era de um aumento de 9% no diesel e 8% na gasolina. Sério Araújo, da Abicom.
Os importadores afirmam que a Petrobras não tem acompanhado todas as variações no preço do petróleo. As empresas reclamam que são prejudicadas por essa prática, já que a estatal é dominante no mercado.
Fonte: Com informações do UOL
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