A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) denúncia a prática de atividades de garimpo ilegal no município de Santa Isabel do Rio Negro, a 846 quilômetros de Manaus. A denúncia foi feita por meio do Ofício n° 065/2022, na última segunda-feira, 14, e a solicitação foi imediata contra os trabalhos ilegais como atividades de mineração, garimpos ou mesmo a lavra de material mineral na Terra Indígena Média Rio Negro II, na Ilha de Jerusalém.
De acordo com o diretor-presidente da FOIRN, Marivelton Baré, no local já há bastante rota de tráfico de drogas e agora surge mais uma ação que traz impactos ambientais e apavora quem vive na região.
Apelo às entidades
A FOIRN apela por uma ação conjunta das entidades. “O ofício é para divulgar o que está acontecendo, enquanto as instituições de controle não fazem nada. E se continuar assim, a ilegalidade vai tomar conta do território, que bota em cheque e em risco toda uma população tradicional local que vive nessa área”, afirmou o diretor-presidente da FOIRN.
Ainda de acordo com Marivelton Baré, o ofício foi enviado para o Ministério Público Federal (MPF-AM), Funai e para o Exército Brasileiro. Entretanto, somente o Exército retornou e afirmou que fará a atuação na região, mas sem data prevista para a ação.
FOIRN
A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro – FOIRN é uma organização civil sem fins lucrativos, sem vínculo partidário ou religioso, criada em 30 de abril de 1987, que representa os 23 povos indígenas do Rio Negro, com 91 organizações indígenas de base, através de cinco coordenadorias regionais com cerca de 750 comunidades indígenas no território, com 10 terras indígenas reconhecidas pelo governo federal e duas no processo de demarcação, que compreende as áreas territoriais dos municípios de São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos.
- Fonte: Agencia Cenarium
- Foto: Divulgação