A Maternidade Moura Tapajóz realizou, nesta quarta-feira (23), uma roda de conversa com os servidores sobre o tema “Violência obstétrica e suas implicações legais”.
O evento foi organizado pela prefeitura, e contou com o apoio Comitê Estadual de Enfrentamento à Violência Obstétrica e com a Organização Não Governamental Humaniza Coletivo Feminista, grupo que luta pela erradicação da violência obstétrica e por um atendimento digno e com respeito às mulheres nas maternidades de Manaus.
A roda de conversa foi mediada pelas advogadas do Humaniza, Alessandrine Silva e Natália Demes.
A coordenadora jurídica do Coletivo Humaniza, Natália Demes, destacou que é importante ter consciência de que qualquer prática que desrespeite a vontade e a autonomia da mulher é considerada violência obstétrica.
Segundo Alessandrine Silva, é necessário que todos os servidores da maternidade tenham conhecimento do que é violência obstétrica, do que fazer quando acontece um caso dentro da unidade, como intervir, e da dimensão do impacto desse tipo de violência na vida das mulheres e de suas famílias.
“A violência obstétrica pode ser praticada por qualquer profissional que trabalhe na unidade de saúde, dos médicos e enfermeiros aos auxiliares de serviços gerais e assistentes administrativos, por exemplo”, esclareceu Alessandrine.
Além da roda de conversa, a Maternidade Doutor Moura Tapajóz também recebeu a doação de uma unidade de banqueta para auxiliar na assistência ao parto normal de cócoras, tecnologia que facilita o trabalho de parto e diminui as intervenções cirúrgicas.
A enfermeira obstetra Núbia Cruz, diretora da unidade, ressalta que a Maternidade Doutor Moura Tapajóz trabalha incansavelmente para que, tanto o momento do parto quanto os momentos que antecedem e que sucedem o procedimento, sejam especiais para as mulheres.
“Na Moura Tapajóz, seguimos um protocolo de parto e nascimento, mas não é apenas sobre seguir o protocolo. É sobre saber acolher, atender de forma humanizada. Disseminar informação sobre violência obstétrica torna, tanto nossas clientes e suas famílias mais informadas sobre seus direitos quanto nossos profissionais mais cientes de seus deveres”, concluiu a diretora.
*Com informações da Semcom
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