quinta-feira, novembro 21, 2024
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Trabalho e Carreira – A grande resignação. Entenda o que é que está por trás desse fenômeno

O artigo: Eu me demito da Você RH – revela que o fenômeno da grande resignação chega ao Brasil e alerta que mesmo com 13 milhões de desempregados, brasileiros pedem demissão em ritmo recorde: meio milhão por mês.

Esse fenômeno já atingiu outros países como EUA onde todo mês, mais de 4 milhões de americanos passaram a deixar seus empregos voluntariamente.

The Great Resignation (“A grande resignação”) parecia algo reservado apenas para países ricos e de primeiro mundo, chega aos demais países e faz um alerta sobre as mudanças no mundo do trabalho e no comportamento das pessoas diante das condições agravadas pela pandemia, mas que já acenavam mesmo antes dela.

E os números mostram que Brasil e EUA viveram um movimento semelhante: antes de 2020, havia uma certa estabilidade no número de pedidos de demissão voluntária. No pós pandemia muitos se seguraram em seus empregos mas o que se viu a seguir foram trabalhadores decididos a assumir as rédeas de suas carreiras dando adeus a seus chefes.

É tanta gente pedindo as contas no Brasil que, em um ano, os pedidos de demissão representam uma rotatividade de 15% nas vagas com carteira.

Os principais motivadores foram: Possibilidade de ganhar um salário melhor, busca por um ambiente de trabalho mais saudável e desejo por mais qualidade de vida. 

Segundo E Ana Cristina Limongi-França, existem duas prováveis explicações para o fenômeno:

  1. Profissionais mais qualificados, abandonam o trabalho atual por ter algo melhor em vista.
  2. As condições de trabalho pioram de tal maneira que as pessoas se sentem forçadas a sair.

As pessoas já pareciam estar no limite mesmo antes da pandemia. A pandemia possibilitou maior flexibilidade, a oportunidade de interagir mais com a família, menor tempo de deslocamento entre casa x trabalho e parece ter despertado nas pessoas um sentimento diferente.

A retomada por sua vez trouxe cada vez mais necessidade de uma produtividade exacerbada, o uso da tecnologia além dos limites do horário de trabalho e uma conexão ilimitada. As pessoas não estão conseguindo suprir tantas exigências e o adoecimento emocional tem se revelado uma realidade.

60% dos que pedem demissão são homens com idade de até 30 anos.

Em contrapartida, observa-se um crescimento acelerado de aberturas de empresas, as pessoas estão ousando empreender mais em busca de liberdade e autonomia. A pandemia também trouxe essa percepção de que empreender pode ser um modelo viável, rentável e cada vez mais pessoas têm investido nessa opção.

Tal fenômeno tem fatores muito positivos se considerarmos a movimentação em torno de uma carreira mais propositiva e empreendedora e por outro lado deve obrigar as empresas a repensarem seu estilo de gestão e modelos de trabalho.

A mentoria tem sido uma das ferramentas utilizadas para as pessoas que precisam de apoio nessa tomada de decisão tão significativa.

As pessoas focavam muito no que não queriam, mas agora também sabem mais claramente sobre o que não querem. O autoconhecimento vem despertando mais para esse olhar para dentro.

“Quando gerenciamos o nosso estado presente (pensamentos, palavras, sentimentos e comportamentos), nos tornamos capazes de direcionar com grande margem de acerto nossa vida na direção desejada.” Paulo Vieira.

E você, já andou repensando o seu modelo de trabalho e anda buscando por recolocação ou mesmo empreender? O que está lhe impedindo de tomar essa decisão?


Por Isabela Nunes

  • Foto: Divulgação

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