quinta-feira, novembro 21, 2024

Economia – “Empreendedorismo feminino: Especial de Páscoa” – Acreana inova empreendimento de doces na capital Amazonense

Apesar do espaço conquistado pelo gênero feminino no mercado de trabalho, principalmente como líderes de empresas e proprietárias de grandes negócios, o ambiente corporativo continua sendo bastante hostil com as mulheres empreendedoras.

O empreendedorismo é uma ótima alternativa para aquelas que desejam fazer o que gostam, sonham em transformar o mundo e buscam inspirar outras pessoas com o seu trabalho. No entanto, ainda há uma grande barreira a ser enfrentada: a falta de autoconfiança.

Em Manaus, temos vários exemplos de mulheres que se aventuraram no mundo do empreendedorismo, uma delas é a Ligiane Santos, que começou seu negócio há 3 anos e já é um sucesso absoluto.

Início

Ligiane conta que se viu ‘na necessidade’ de empreender, visto que trabalhava em um órgão publico que, ao mudar a gestão, findou por ficar sem renda.

“Sou formada em Educação Física, pela Universidade Federal do Acre, trabalhei 12 anos no governo como gestora de projetos na minha área de formação. E depois com a troca de gestão, fiquei sem renda, ainda tentei outras atividades na área de educação, mas não deu certo e resolvi (me vi obrigada) a empreender”, disse.

 

Transformação social

Em sua caminhada no ramo empreendedor, Ligiane diz que teve vários desafios, dentre eles conquistar seu espaço e independência financeira. Além de manter o foco na aprendizagem para oferecer o melhor para seus clientes.

Desafios

Dentre os vários desafios citados, o de empreender no digital foi a sua maior dificuldade.

“Digo sempre que não foram, ainda está sendo. Minha idade que já tenho 53 anos e no nosso país, não ser novo, é um desafio. A era digital, onde tenho que me expor (isso pra mim, é desafio grande)”, pontuou.

Criação

Para a dona do Ligia Santos Doces e Tortas, produzir suas criações açucaradas é uma transformação social.

“[…] Produzo mais que doces. Fazer bolos é a combinação de criatividade, inovação e sabor. Isso serve pra vida. Várias atividades como: manicure, cabeleireira, boleira, etc. Eram consideradas sub empregos e isso tem se transformado positivamente”, ponderou.

Inspiração

Por já ter um boleiro na família, Ligia conta que sua maior inspiração é o seu avô, que era padeiro.

“Minha inspiração, primeiramente meu avô. Foi padeiro, boleiro (fazia bolos deliciosos) em uma época que essa atividade era voltada quase exclusivamente para mulheres. E hoje são várias confeiteiras lindas, maravilhosas e bem sucedidas”, conta.

Desafios e Experiências

Segundo Ligiane, a falta de incentivos e educação voltadas para o empreendedorismo é uma lástima, visto que atualmente, as pessoas estão empreendendo mais por necessidade do que por oportunidade.

“Isso pra quem empreende sem abrir porta (aluguel de um ponto). Pois aí, os desafios são maiores. Impostos, mão de obra, etc”, considerou.

De acordo com ela, além dos apontamentos feitos acima, a idade, os riscos, o planejamento e o investimento, são outros empecilhos para quem deseja ingressar no ramo de empreender.

Vale salientar que, No Brasil, já existem mais de 30 milhões de mulheres empreendedoras. O número corresponde a 48,7% de todos os empreendimentos. Os dados são do Global Entrepreneurship Monitor (GEM, 2018).

Além disso, uma pesquisa do SEBRAE mostra que o número de empreendedoras cresceu 21% de 2001 a 2011. No mesmo período, o número de homens que empreendem aumentou somente 9%.

Em relação ao microempreendedorismo individual, as mulheres trabalham principalmente em atividades de beleza, moda e alimentação. O local de funcionamento de 55,4% das MEI é a própria casa.

De acordo com o SEBRAE (2018), a maioria das empreendedoras atua nas áreas de alimentação, serviços domésticos e comércio varejista de roupas e cabeleireiros.

Assim, os dados também expõem as dificuldades do empreendedorismo feminino. As mulheres empreendedoras são mais jovens e têm nível de escolaridade 16% superior ao dos homens. Porém, elas ganham 22% menos do que eles. Enquanto os empreendedores tiveram o rendimento médio mensal de R$ 2.344, o delas ficou em R$ 1.831. O levantamento foi realizado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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