Os alertas de desmatamento por conta da mineração em terras indígenas aumentaram mais de quarenta vezes em seis anos. O estudo apontou um forte crescimento nos últimos anos de alertas de desmatamento do deter do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, em territórios indígenas – principalmente aqueles provocados pela mineração.
Segundo o levantamento, o desmatamento por essa atividade saltou de 58,4 hectares, em 2016 para 2.409 hectares, no ano passado. Um crescimento de 41 vezes em apenas seis anos.
As maiores áreas de garimpo em terras indígenas estão em território Kayapó e Munduruku, no Pará e Yanomami, no Amazonas e em Roraima.
As terras indígenas têm quase 20% da vegetação nativa do país e nos últimos 30 anos, menos de 2% do desmatamento foi nessas áreas. O MapBiomas alerta que esses danos provocados pela mineração, nos anos mais recentes, vão muito além do desmatamento.
O coordenador geral do instituto lembra que a contaminação dos rios e da terra pela ação dos garimpos na região está mais que comprovada.
Além dos prejuízos ambientais, a APIB, Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, diz que são gravíssimos os efeitos sociais das invasões.
“Todo tipo de invasão, ele traz pra dentro dos territórios indígenas muitas doenças, alcoolismo, aumento de prostituição, prostituição infantil, além dessa alteração total no modo de vida nas aldeias”, diz Sonia Guajajara, coordenadora-executiva da APIB.
*Com informações do G1
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