A inflação no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal índice inflacionário brasileiro, fechou o mês de maio com variação de 0,47%, segundo divulgou nesta quinta-feira, 9, o IBGE.
No acumulado de 12 meses, a variação no IPCA foi de 11,73%.
O resultado ficou abaixo do consenso do mercado, que era de alta de 0,60% no mês, com o IPCA de 12 meses caindo de 12,13% para 11,88%, segundo resultados colhidos pela Bloomberg.
O IPCA de maio também ficou abaixo dos meses anteriores, continuando na rota de alguma desaceleração iniciada em abril. Também é a primeira vez que a inflação mensal fica abaixo de 1% desde janeiro.
- Em janeiro, a inflação mensal foi de 0,54%, e o acumulado de 12 meses, de 10,38% na ocasião;
- Em fevereiro, foi de 1,01%e 10,54% em 12 meses.
- Em março, foi de 1,62%e 11,30% em 12 meses.
- Em abril, foi de 1,06%e 12,13% em 12 meses.
O indicador divulgado hoje é o último antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na próxima quarta-feira, 15. Investidores esperam por mais uma alta na taxa de juros Selic, de 12,75% para 13,25% ao ano. Se confirmada, a Selic será a mais alta desde 2016.
Como já havia sido antecipado na prévia no IPCA-15, há duas semanas, parte da desaceleração da inflação em maio foi puxada pela queda nos preços da energia elétrica, com o fim da bandeira de escassez.
Oito dos nove grupos pesquisados pelo IBGE tiveram alta de preço no mês. A exceção foi exatamente o grupo “Habitação” (-1,70%), que inclui a energia elétrica. Os grupos “Transportes” e “Alimentos e Bebidas”, que vêm liderando as altas de preço, também desaceleraram em relação ao mês anterior.
*Exame
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