Os Estados Unidos começaram na terça-feira (21) a campanha de vacinação contra a Covid-19 em crianças de 6 meses a quatro anos. Segundo informações da Reuters, a disponibilidade dos imunizantes deve aumentar nos próximos dias, conforme comunicou o coordenador de resposta à Covid-19 da Casa Branca, Dr. Ashish Jha.
A Food and Drug Administration (FDA), órgão dos EUA equivalente à Anvisa, aprovou na última sexta-feira (17) o uso emergencial das vacinas contra a Covid-19 da Pfizer e da Moderna para bebês a partir de 6 meses de idade. Referente ao imunizante da Moderna, serão aplicadas duas doses para o grupo de 6 meses a cinco anos. Já o esquema da Pfizer terá três doses administradas em crianças de seis meses a quatro anos.
Ainda não se sabe se os pais irão aderir à vacinação em massa dos filhos, visto que desde que a vacina da Pfizer foi autorizada nos EUA para idades de 5 a 11 anos, apenas cerca de 29% desse grupo foi totalmente vacinado.
Uma pesquisa da Kaiser Family Foundation, publicada em maio, também apontou que apenas um a cada cinco pais pretendiam vacinar os filhos.
Em entrevista à CNN, o cirurgião geral dos EUA, Dr. Vivek Murthy, autoridade máxima de saúde no país, reforçou a importância da vacina e lembrou que quase 500 crianças morreram e mais de 30 mil menores de 5 anos foram hospitalizadas desde o início da pandemia.
“É difícil prever quais crianças têm problemas. Cerca de metade dessas crianças que tiveram problemas com Covid não apresentaram sintomas subjacentes”, disse Murthy. “Então é por isso que toda criança merece proteção. Queremos que os pais considerem fortemente esta vacina.”
Vacinação infantil no Brasil
Seguindo a tendência de liberação de vacinas anteriores, é possível que em breve o Brasil também receba o aval para iniciar a vacinação do grupo. Atualmente, mais de 12 mil crianças entre 5 e 11 anos já receberam a dose inicial no país, o que representa 62,12% da população desta faixa etária. Dentre elas, 7.462.932 já completaram o ciclo vacinal (36,4%).
*Olhar Digital
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