A cota do Rio Negro recuou pelo terceiro dia seguido e marcou 29,72 metros, nesta terça-feira (28), em Manaus. A água parou de subir desde quarta (22), quando alcançou 29,75 metros, o quarto maior nível já registrado desde o início da série história, em 1902.
Apesar do recuo, a capital segue em estado de inundação severa, que é de 29 metros. Além disso, técnicos do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) apontam que mesmo com a descida do nível do rio nos últimos dias, ainda é cedo para confirmar o início da vazante.
A capital continua na lista de cidades em emergência por causa da cheia de 2022.
Desde meados de maio, o avanço das águas tem alterado a paisagem urbana da capital, especialmente na região central. A avenida dos Barés, próxima das feiras da Banana e da Manaus Moderna, foi a primeira a ter trecho interditada por conta da cheia. A rua Barão de São Domingos, na mesma região da capital, também foi bloqueada.
Nos trechos das avenidas Eduardo Ribeiro e Floriano Peixoto próximo à Praça do Relógio, também há registro de inundação, mas o fluxo de veículos segue liberado.
Para viabilizar o trafego de pedestres, foram construídas pontes de madeiras nas duas regiões da cidade.
Na Zona Centro-Sul da capital, duas alças inferiores da ponte dos Bilhares também foram interditadas. Segundo o IMMU, o bloqueio tem o intuito de garantir a segurança do tráfego ao constatar que o nível da água da enchente do igarapé do Mindu está comprometendo a circulação nesse sentido.
Veja as maiores cheias do Rio Negro :
- 2021 – 30,02 m
- 2012 – 29,97 m
- 2009 – 29,77 m
- 2022 – 29,75 m
- 1953 – 29,69 m
- 2015 – 29,66 m
- 1976 – 29,61 m
- 2014 – 29,50 m
- 1989 – 29,42 m
- 2019 – 29,42 m
Cheia no Amazonas
Segundo o Defesa Civil do Amazonas, há oito municípios em situação de alerta, e 51 municípios em estado de emergência. As únicas exceções são Manicoré, Humaitá e Ipixuna, localizados no Sul do Amazonas.
Desde o início do ano, cerca de 575.870 pessoas já foram afetadas pela enchente deste ano em todo o estado.
*G1
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