sexta-feira, novembro 22, 2024

Roraima – Deputados gastam quase R$ 6 milhões do ‘Cotão’ entre janeiro e maio deste ano

De janeiro a maio deste ano, 24 deputados estaduais da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) chegaram a “torrar” quase R$ 6 milhões da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar, o “Cotão”, segundo apontam os dados coletados no site da Transparência da Casa Legislativa. O valor total de gastos foi de R$ 5.916.689,54.

A Cota Parlamentar resume-se à quantia que os membros do Poder Legislativo — vereadores, senadores, deputados federais e estaduais — podem gastar para cobrir as despesas de atividades parlamentares. Para os deputados da ALE-RR, o valor permitido, por lei, é de até R$ 50 mil por mês.

Dos 24 parlamentares, a deputada estadual Tayla Peres (Republicanos) bateu o recorde de gastos por meio do Cotão. Nos cinco primeiros meses deste ano, a despesa de Peres foi de R$ 253.076,37. Em quase todos os meses, a deputada chegou a gastar R$ 51 mil por mês.

Ranking

O maior gasto registrado pela parlamentar foi com consultoria e assessoria jurídica, atingindo o valor exato de R$ 100 mil. Além disso, foram mais de R$ 140 mil somente com serviços gráficos e contabilidade. As demais despesas foram com telefonia (no valor de R$ 3.612,77) e internet (no valor de R$ 506,60).

Seguindo o ranking de “gastões”, em segundo lugar, aparece a deputada estadual Ângela Águida (PP), que chegou a gastar o valor total de R$ 252.500,00 entre janeiro e maio deste ano.

Dos valores registrados, aparecem gastos com pesquisas e consultoria jurídica, no valor de R$ 75 mil para cada finalidade, além de despesas com serviços de contabilidade (R$ 40 mil), divulgação de atividade parlamentar (R$ 37,5 mil) e assessoria de imprensa (R$ 25 mil).

Já em terceiro lugar aparece o deputado e presidente estadual do Pros, Renato Silva. Nos primeiros cinco meses de 2022, o parlamentar gastou R$ 251.165,79 com diversas finalidades. As informações prestadas por ele na Transparência revelam que o maior gasto foi com a divulgação da atividade parlamentar, o que ocorre justamente em ano eleitoral. Para esta finalidade, Renato Silva já ‘torrou’ a quantia de R$ 78.350,00.

Além disso, os dados mostram que o parlamentar pediu reembolso com despesas de consultoria e assessoria jurídica (R$ 67.100,00); serviços gráficos (R$ 40 mil); contabilidade (R$ 35 mil); Aluguel de imóvel (R$ 24 mil), dentre outras.

Outros deputados

Além dos três parlamentares citados, outros 18 deputados estaduais atingiram o teto máximo de gastos permitido (de R$ 50 mil por mês), porém, num valor levemente inferior. São eles:

Catarina Guerra (União Brasil) – R$ 250.779,90; Aurelina Medeiros (PP) – R$ 250.564,28; Dhiego Coelho (SD) – R$ 250.410,52; Chico Mozart (PP) – R$ 250.385,21; Odilon (Podemos) – R$ 250.150,00; Lenir Rodrigues (Cidadania) – R$ 250.100,00; Yonny Pedroso (PL) – R$ 250.031,00; Betânia Almeida (PV) – R$ 250.000,00; Eder Loirinho (PSD) – R$ 250.000,00; Gabriel Picanço (Republicanos) – R$ 250.000,00; Jânio Xingú (PP) – R$ 250.000,00; Jeferson Alves (União) – R$ 250.000,00; Jorge Everton (União) – R$ 250.000,00; Marcelo Cabral (Cidadania) – R$ 250.000,00; Renan Filho (SD) – R$ 250.000,00; Nilton Sindpol (PP) – R$ 243.000,00; Soldado Sampaio (Republicanos) – R$ 200.000,00, e George Melo (Podemos) – R$ 150.000,00.

Não dispensaram a verba

Fechando a lista dos 24 deputados da ALE-RR, os três últimos do ranking tiveram gastos semelhantes, porém, inferiores aos dos parlamentares citados acima, sendo os únicos a não atingirem o teto máximo de gastos. São eles: Evangelista Siqueira (PT) R$ 244.335,45; Neto Loureiro (PMB) R$ 243.000,00, e Coronel Chagas.


*O Convergente

  • Foto: Divulgação

 

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