A Polishop fechou uma parceria com a Xiaomi para a venda de 26 produtos da marca em suas lojas, dando mais uma passo em direção ao seu projeto de “casa conectada”, disse o CEO da Polishop, João Appolinário, com exclusividade para a Forbes.
“A Xiaomi tem produtos muito revolucionários e viu na Polishop uma plataforma para lançar inovações, o que faz bastante sentido com o trabalho que já fazemos por aqui. A nova parceria faz com que o nosso portfólio cresça e fique cada vez mais completo”, afirma Appolinário.
A empresa, que já conta com produtos preparados para a integração com assistentes virtuais como a Alexa, da Amazon, e o Google Home, vê na parceria uma boa oportunidade , já que a Xiaomi conta com uma extensa gama de aparelhos conectados.
“Nós temos a AirFryer que pode ser automatizada, lançamos recentemente uma esteira da nossa linha de equipamentos fitness com a mesma tecnologia e pretendemos aumentar essa área para todas as casas se tornarem cada vez mais conectadas”, diz o CEO.
Essa é a mais recente parceria da varejista, que divulgou nos últimos meses a criação de um joint venture com a Wiz (WIZS3), para entrar no mercado de seguros. A empresa, que conta com garantia estendida em quase todos os seus produtos – de aparelhos eletrodomésticos até peças de roupas –, acredita que a troca de conhecimento será muito relevante.
“Um negócio bom é feito quando ele agrega valor e não apenas dinheiro. Nós percebemos os benefícios que a Wiz traz por ser especialista no setor em que atua. Eles, querendo entrar no setor de varejo, procuraram pela nossa expertise para conseguir esse contato direto com o consumidor, que a Polishop coloca em prática há mais de 20 anos”, afirma Appolinário.
Além dos negócios feitos de dentro para fora das lojas, a empresa busca reforçar o investimento nas linhas próprias, que são voltadas para gastronomia, beleza, exercícios e saúde. Hoje, esses produtos representam 45% do portfólio e, até 2030, a meta do CEO é chegar a 95% de itens próprios.
“A minha visão para o futuro da Polishop é exatamente essa. Ter 95% do meu portfólio de produtos próprios, nos quais colocamos as tecnologias mais recentes do mercado e, quem sabe, dividir essa porcentagem restante com empresas que têm o mesmo propósito que nós, como a Xiaomi”, conta Appolinário.
Ele explica que está investindo cada vez mais no departamento de engenharia, criação e desenvolvimento, e curadoria, além da forte aposta no escritório de design na China, onde é feito o acompanhamento do desenvolvimento dos produtos e do seu padrão de qualidade.
Dicas para o varejo pós-pandemia
Além de fundador da Polishop, Appolinário é investidor e integrante do programa Shark Tank Brasil, do canal Sony, no qual avalia empresas recém-chegadas ao mercado que buscam mentoria e investimentos.
Para ele, a experiência adquirida com os empreendedores iniciantes é de extrema importância para continuar avançando e atualizando a sua própria companhia.
“A convivência com essas startups e empresas que chegam ao programa, ou mesmo aquelas nas quais invisto fora dele, é essencial para trazer oxigenação para o meu negócio. Todas elas têm tecnologia, algumas contam com produtos completamente desconexos com a Polishop, mas, no final, tudo é empreendedorismo e é uma experiência muito rica”, diz o empresário.
*Forbes
- Foto: Reprodução | Capa: Neto Ribeiro
