A Monkeypox, popularmente conhecida como varíola dos macacos, pode ser “considerada uma doença sexualmente transmissível”. A declaração foi feita, nesta quinta-feira (28), pelo diretor-presidente da Fundação de Medicina Tropical (FMT), Marcus Guerra, durante a coletiva sobre o primeiro caso confirmado da doença no Amazonas.
“Neste momento, ela [varíola dos macacos] pode ser considerada sexualmente transmissível”, disse o diretor da FMT.
Durante a coletiva, o secretário de saúde do Amazonas, Anoar Samad, ainda destacou que a transmissibilidade da varíolas do macacos é muito baixa, por isso, seria necessário um contato sexual intimo.
“A virulência, que é a capacidade que o vírus tem em agredir o corpo, desse surto atual é muito baixa. E também é de uma baixa transmissibilidade, precisa de um contato intimo com o infectado”, apontou o titula da Secretaria de Saúde do Amazonas (SES-AM).
O secretário ainda ressaltou que de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 99% dos casos são em homens e 98% dos casos até agora são de homens que fazem sexo com homens.
Com os dados, a OMS aconselhou, que homens que fazem sexo com homens – como gays, bissexuais e trabalhadores do sexo – reduzam, neste momento, o número de parceiros sexuais para diminuir o risco de exposição à varíola dos macacos.
Caso confirmado no AM
O paciente do Amazonas é um homem, com idade entre 20 e 30 anos, que mora em Manaus e esteve em Portugal.
A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) recebeu a notificação de caso suspeito no dia 21 de julho.
Conforme a SES, no dia 7 de julho, o paciente apresentou sintomas como febre, aumento dos linfonodos do pescoço, dor de cabeça, sensação de fraqueza e falta de energia, dor muscular e, posteriormente, erupção cutânea sugestivas de monkeypox.
A amostra do paciente foi submetida a exames realizados pelo Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), que recebeu o material encaminhado pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM).
Por protocolo nacional, uma segunda amostra foi encaminhada ao Lacen da Fundação Ezequiel Dias (Lacen/Funed), em Minas Gerais, e a FVS-RCP aguarda resultado do exame desta segunda amostra.
O homem, que está isolado em casa, com estado de saúde estável e não necessitou de internação hospitalar.
O período de isolamento é até a cicatrização completa das varíolas que se formam, o que pode durar de três a quatro semanas.
*G1 Amazonas
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