A fase da adolescência não é fácil e todo mundo sabe disso. Atire a primeira pedra quem não vivenciou esse período com todos os “clichês” possíveis vividos durante o processo da puberdade até o amadurecimento em todas as suas personificações. No ‘Vem com a Gente’ do último dia 27, recebemos como convidada a psicóloga Priscilla Baima, especialista em Terapia Cognitiva e Comportamental, para falar sobre o tema “Uma fase chamada adolescência: transformações, vivências e conflitos”.
Durante o bate-papo, a especialista ressalta que a fase da adolescência, por si só, já é um grande desafio, não só para o adolescente, mas também para todos aqueles que o cercam. “É um desafio passar pela fase da adolescência. Falar desse assunto, além do contexto da ciência, da psicologia, me remete também a todas as vivências que eu já tive e tudo aquilo que eu observo”, enfatiza Priscilla Baima.
Na sequência da conversa, a psicóloga explica a diferença entre a puberdade e a adolescência. “É nessa fase [da puberdade] onde começa, efetivamente, o processo da adolescência. Nas meninas começa por volta dos 10, 11 anos, e nos meninos por volta dos 11, 12 anos. E quando a gente fala de puberdade, a genta fala da questão da maturação sexual. E a adolescência não envolve só as questões físicas, mas também as questões cognitivas”, destaca.
Ainda segundo Baima, é de suma importância pontuar que, nessa fase, existe todo um processo de desenvolvimento cognitivo e comportamental, o que explica determinadas características, como a impulsividade e agressividade, por exemplo.
“Fora a questão da impulsividade e da agressividade [geralmente muito presentes nessa fase], existe também a questão da inconstância. O adolescente dorme dizendo que vai fazer de um jeito e acorda falando que vai fazer de outro. Então, isso é muito comum. Tudo isso faz parte desse processo hormonal e também desse processo de maturidade do cérebro”, explica a especialista.
Outro fator importante levantado pela psicóloga é a questão da individualidade — característica que geralmente incomoda os pais. “Isso também é um comportamento psicológico muito comum nos adolescentes. Então, é uma série de comportamentos que, muitas vezes, os pais acham que é uma decisão do adolescente fazer daquela forma. Porém, ele [o adolescente] tem dificuldade de equilibrar as coisas”, frisa Priscilla Baima.
Para saber mais sobre o assunto, assista a entrevista na íntegra:
Por Narel Desiree para o Portal Manaós
Fotos: Narel Desiree | Capa: Marcus Reis