A falsa vidente Diana Rosa Stanesco, de 37 anos, que estava foragida durante a deflagração da “Operação Sol Poente”, foi presa nessa terça-feira (16/8), em Saquarema, no Rio de Janeiro. Ela e seu pai, Slavko Vuletic, que também foi preso durante a ação, eram os únicos foragidos da operação policial que prendeu uma quadrilha acusada de lesar Genevieve Boghici, de 83 anos, em um golpe estimado em R$ 725 milhões.
Parte desse valor foi desviado em obras de arte, já que Genevieve é viúva do colecionador e marchand Jean Boghici, morto em 2015.
No momento da prisão, Slavko tentou acalmar os policiais dizendo: “A gente não é do mal, a gente tenta ser do bem, mas tem os seus desvios com certeza.”
Falsa vidente foragida tem 10 anotações criminais
A ação desta terça-feira, assim como a operação “Sol Poente”, foi organizada pela Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade (Deapti).
Diana Rosa, que tem 10 anotações criminais em sua ficha policial – contando com o golpe na idosa, foi a primeira falsa vidente a abordar Genevieve na rua com uma falsa previsão de que sua filha estava muito doente e iria morrer se não fosse alvo de um trabalho espiritual.
O plano foi elaborado pela filha de Genevieve, Sabine Boghici, e sua companheira, a também falsa vidente Rosa Stanesco – conhecida ainda como Mãe Valéria de Oxóssi -, para tentar acessar parte da herança de Sabine.
O inventário dos bens de Jean Boghici está na Justiça desde 2015, e tem Genevieve como inventariante. Participaram do golpe ainda Jacqueline Stanescos, prima de Rosa e outra falsa vidente, Gabriel Nicolau – filho de Rosa . Ronaldo Ianov, sogro de Diana, também foi investigado, mas morreu antes da operação.
Sabine, Rosa, Jacqueline e Gabriel estão presos temporariamente.
O golpe de R$ 725 milhões
De acordo com a polícia, Sabine e Rosa Stanesco – quem têm um relacionamento estável -, planejaram desviar os bens da idosa com o golpe espiritual.
De posse das informações que Sabine repassava, Rosa, Diana e Jacqueline atuaram como falsas videntes que disseram que a filha de Genevieve iria morrer, mas que poderia se livrar do mal se a mãe da jovem fizesse um trabalho.
O tal trabalho espiritual começou com grandes transferências de dinheiro, depois passou a cárcere privado da idosa – durante a pandemia -, e o posterior roubo dos quadros famosos, como a tela de Tarsila do Amaral. Ao todo, o prejuízo é estimado em R$ 725 milhões.
Da Redação com informações do G1
Fotos: Reprodução | Capa: Neto Ribeiro