sexta-feira, novembro 22, 2024

Política – Aliados de Lula falam sobre acordo para PEC da Transição elevar teto de gastos só por um ano

Nesta terça-feira, 20/12, o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o líder do PT na Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes, afirmaram que a Proposta de Emenda à Constituição, conhecida como PEC da Transição, passará a prever que o teto de gastos será elevado por um ano.

As declarações foram dadas após uma reunião entre Haddad, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e líderes partidários. A Câmara deve votar nesta terça a PEC da Transição.

“Ministro, caiu só para um ano a PEC?”, indagou um jornalista. “Um ano”, respondeu Haddad.

Apesar da fala, a assessoria de Haddad afirmou que ele não comentou o prazo previsto na PEC.

Porém, uma reportagem feita pela Folha de São Paulo, afirma que parlamentares entraram em acordo com a equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para aprovar a PEC com um ano de duração e a redistribuição das emendas de relator, dispositivo que foi derrubado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Pelo arranjo, a PEC manterá o seu valor, mas terá duração de um ano—a proposta inicial teria dois anos. Também entrará no texto a decisão que os R$ 19,5 bilhões do Orçamento que eram designados para as emendas de relator serão divididos em outras duas emendas, as individuais e as de controle do governo federal.

“Metade será transformada em emendas individuais, impositivas, e a outra metade em RP2, programação normal do governo federal, que naturalmente vai colocar nos diversos ministérios, da conveniência do futuro governo”, afirmou o relator do Orçamento do próximo ano, o senador Marcelo Castro (MDB-PI).

Votação PEC – O plenário da Câmara dos Deputados pode votar nesta terça-feira, 20/12, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Estouro, conforme anunciado pelo presidente da Casa na última quinta-feira, 15/12.

A PEC que busca viabilizar o pagamento de R$ 600 mais o adicional do Auxílio Brasil – ou Bolsa Família, caso o nome seja alterado – no ano que vem.

A aprovação da PEC do Estouro estava travada na Câmara por conta da disputa entre os partidos por cargos na futura Esplanada dos Ministérios.

No domingo, 18/12, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se reuniram para tentar resolver o impasse.

O grupo ligado a Lira quer postos no primeiro escalão do governo para garantir os votos, mas Lula resiste.


Fonte: G1 e O Convergente

Fotos: Divulgação/ Capa: Neto Ribeiro

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