Nesta segunda-feira, 26/12, o governador Wilson Lima (União Brasil), concedeu uma série de entrevistas a emissoras de TVs e rádios locais. Em uma delas, ao ser questionado sobre os policiais militares do Amazonas suspeitos na chacina de quatro pessoas, ocorrida na semana passada, ele disse que determinou a abertura dos procedimentos administrativos e criminal sobre policiais militares envolvidos no caso. No final de semana, 12 policiais foram presos.
“Assim que a Secretaria de Segurança Pública tomou conhecimento dessa situação e me comunicou, eu determinei que houvesse abertura dos procedimentos cabíveis administrativos, e criminal. Eu não vou permitir que qualquer episódio nesse sentido manche a história de uma instituição como a Polícia Militar”, disse Lima durante a entrevista.
“Aqui já adianto que esse tipo de comportamento, se de fato for comprovado pela investigação, não representa o comportamento, não representa o dia a dia do nosso policial que está para defender a sociedade. E é importante ressaltarmos que os sistemas que nós instalamos, de monitoramento, as câmeras, foram importante para desvendar o envolvimento desses policiais”, completou o governador ao citar as melhorais feitas no sistema de segurança pública do Estado e que a investigação está sendo feita pela Corregedoria de Segurança Pública juntamente com Polícia Militar e com a Polícia Civil do Estado.
Na entrevista, Wilson Lima também destacou uma série de pontos ocorridos no seu primeiro mandado como governador do Amazonas e alguns aspectos do próximo mandato que começa no dia 1º de janeiro.
Entenda o caso – Na última quarta-feira, 21/12, quatro corpos foram encontrados dentro de um Onix, de cor branca, abandonado no ramal Água Branca, no quilômetro 32 da estrada AM-010 (Manaus/Itacoatiara).
Os suspeitos do crime, que ocasionou a morte de Diego Máximo Gemaque, 33, Lilian Daiane Máximo Gemaque, 31 anos, e o casal Alexandre do Nascimento Melo, 29, e Valéria Luciana Pacheco da Silva, 22, são policiais militares, que foram presos na manhã de sábado, 26/12.
Os 12 policiais foram presos após investigações preliminares apontarem o envolvimento deles no caso que ganhou grande repercussão, após vídeos de viaturas da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam) fazendo abordagem no veículo onde estavam as vitimas, ainda com vida, circularem por grupos de mensagem e nas redes sociais.
No final de semana novas imagens circularam nas redes mostrando duas viaturas da Rocam escoltado o carro pelas ruas de Manaus. A motivação do crime ainda não foi informada.
No domingo, 25/12, os policiais passaram por audiência de custodia, realizada no Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis. Conforme a decisão do juiz plantonista das audiências de Custódia do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), André Luiz Muquy, os policiais iriam permanecer presos no Batalhão da Rocam.
O processo tramita sob Segredo de Justiça por conta das investigações.
Fonte: Da Redação
Fotos: Divulgação / Capa: Neto Ribeiro
