Neste domingo (22), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) assumiu a presidência da república, devido a ida do presidente Lula para Buenos Aires. Segundo a legislação brasileira, o vice automaticamente se torna presidente em exercício, assim que o presidente cruzar a fronteira.
Com um histórico de ter já ter concorrido à presidência duas vezes, tendo sido derrotado em uma delas pelo próprio Lula em um segundo turno, em 2006, e a outra em 2018 para Bolsonaro, onde terminou em quarto lugar. Um dos fundadores do PSDB, onde ficou por 33 anos, onde saiu no início de 2022 para ir ao PSB compor a chapa com o petista.
Vindo de uma carreira mais concentrada entre o centro, algumas vezes entre centro-esquerda e centro-direita, hoje se vê no comando de um governo abertamente esquerdista. Durantes os três dias em que Lula estará fora, haverá importante reuniões que contarão com a presença e decisões do presidente interino.
Alckmin despachará do gabinete oficial do presidente, localizado no terceiro andar do Palácio do Planalto, sendo o seu compromisso oficial no dia de hoje (23/01), uma reunião com o vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans.
Viagem internacional
Desde que tomou posse, esta é a primeira viagem internacional do presidente, onde irá participar da cúpula da Celec (Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos), entre hoje e amanhã. O evento marca a retomada da união entre países latino-americanos, que era uma marca do primeiro governo Lula (2003-2010).
Além da Cúpula, reuniões com lideranças esquerdistas estão marcadas pela América Latina, entre elas estão a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner; o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Informações confirmadas pelo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Paulo Pimenta.
Enquanto isso no Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou no sábado, 21/1, os indígenas da terra Yanomami, a maior reserva indígena do país, localizada no estado de Roraima, que vem passando por uma crise de malária e grave desnutrição na reserva. Nesta semana, o Ministério da Saúde enviou equipes para fazerem atendimentos na região e realizar o resgate dos mais vulneráveis. A situação de vulnerabilidade e extrema desnutrição dos indígenas Yanomamis é assunto mais discutido no mundo durante essa semana.
- Por July Anna Barbosa, com informações do CNN.
- Foto: Ricardo Stuckert / Ilustração: Marcus Reis.