Na manhã desta terça-feira (24/01), foi deflagrada em uma ação conjunta entre a Polícia Civil e a Polícia Federal, na região do Vale do Jacuí, a Operação O Dobro ou Nada, que consiste em possíveis crimes contra sistema financeiro nacional e pirâmide financeira.
Foram executadas ordens judiciais para transferência de veículos pertencentes aos suspeitos, bloqueio de contas bancárias, circulação, restrição e sequestro.
O início da investigação foi em dezembro de 2022, quando a PF obteve informações, de que uma empresa, em Cachoeira do Sul – RS, estaria propondo investimentos, com um retorno de 100%, ao longo de 3 meses. Em ações realizadas, foi constatado que a empresa em questão vinha enganando e atraindo investidores, com a falsa promessa de um retorno próximo e de alto valor.
Segundo informações da PF, era repassado aos clientes que o retorno variável seria de 80% a 180%, correspondente ao prazo da aplicação. Há uma suspeita de que os acusados possam ter movimentado mais de R$ 1 milhão de reais, apenas nos últimos meses de 2022, utilizando boa parte do que conseguiam com aquisições de carros de luxo.
Usando a técnica de pirâmide financeira para pagar os primeiros ‘investidores”, já que é assim que funciona a fraude, quanto mais pessoas passarem a participar, maior seria a remuneração de quem convidou. Dando lucro apenas para os que começaram o negócio, ou seja, se pessoas não entram, o lucro deixa de assistir.
Os “donos” da empresa, são majoritariamente jovens, sem preparo ou qualificação para atuar no mercado financeiro. Caso comprovados os crimes, eles poderão por crime de organização criminosa, pirâmide financeira, operação de sistema financeiro sem credenciamento, fraude contra particular e estelionato.
Atuavam também nas redes sociais, como no Facebook onde se apresentavam como “empresa que investe no Mercado Financeiro com segurança e agilidade”. O grupo seria de 6 pessoas, contando com um casal residente de Cachoeira do Sul, seriam conhecidos por “Mansão Connect Money”.
O nome da operação vem da promessa de um retorno de 100%, ou seja, o dobro do que foi investido, consequentemente, por se tratar de uma pirâmide financeira, era questão de tempo para que os valores parassem de ser repassados, ou nada.
- Por July Barbosa, com informações da Polícia Federal.
- Foto: Polícia Federal.