As fortes chuvas que caíram neste fim de semana em São Paulo causaram a morte de 36 pessoas e deixaram dezenas de desabrigados neste domingo (19), no litoral de São Paulo, no município de Ubatuba.
As tempestades provocaram alagamentos, deslizamentos e interditaram trechos das rodovias Rio-Santos, Mogi-Bertioga e Tamoios, que foi totalmente liberada por volta das 21h30.
Segundo informou a Defesa Civil, o volume de chuva nas últimas 24 horas superou o esperado para todo o mês de fevereiro em três das quatro cidades do Litoral Norte (São Sebastião, Ilhabela, Caraguatatuba e Ubatuba), região fortemente castigada pelos temporais.
Segunda nota divulgada pelo governo de São Paulo, mais de 500 pessoas (equipes de Governo de SP, Forças Armadas, Polícia Federal, prefeitura de São Sebastião e voluntários), seguem empenhadas nas ações de resgate e identificação das vítimas das chuvas que atingiram o Litoral Norte.
As atividades começaram domingo (19) e seguem de forma ininterrupta, com o apoio de 53 viaturas do Corpo de Bombeiros (PMESP), dois cães especializados na busca de pessoas, 53 maquinários, sete helicópteros Águia da Polícia Militar e outras duas aeronaves do Exército Brasileiro.
As regiões da Barra do Sahy e Juquehy estão isoladas em razão das quedas de barreiras ao longo da rodovia. Os serviços de água, luz e telefonia estão comprometidos em razão da queda de postes e o carreamento de sedimentos para as estações de tratamento de água.
As concessionárias responsáveis atuam para restabelecer o fornecimento dos serviços essenciais. A prioridade segue no socorro às vítimas e no fornecimento aos mais de 970 desalojados e 747 desabrigados.
Até o momento, foram confirmados 36 óbitos, sendo 35 em São Sebastião e um em Ubatuba.
Por meio de suas redes sociais, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou que irá nesta segunda-feira (20), para o litoral de São Paulo para ajudar nos esforços de enfrentamento da tragédia, que até o momento deixou 36 mortos e dezenas de desabrigados.
A Prefeita de Ubatuba, Flávia Pascal (PL) em entrevista concedida para a CNN Brasil, informa que “é necessário resolver problemas estruturais”. Além disso, a prefeita informou que as famílias já haviam sido notificadas para não ficaram nessas áreas, mas o STF emitiu uma liminar dando favorável para as famílias ficarem no local.
O governador de São Paulo, Tarcísio Gomes (Republicanos) também se pronunciou sobre a tragédia em suas redes sociais. “Seguimos em São Sebastião, prestando toda assistência necessária aos municípios do Litoral Norte c/ equipes da Defesa Civil e Corpo de Bombeiros espalhadas pela região, atuando no amparo aos desabrigados e principalmente no resgate das pessoas isoladas e busca por desaparecidos”, escreveu o governo.
O governador decretou o estado de calamidade pública por 180 dias em seis cidades atingidas pelas fortes chuvas no litoral do estado. Tarcísio disse que irá liberar R$ 7 milhões para a região; já Márcio França, ministro de Portos e Aeroportos do Brasil, informou que o governo Lula irá liberar outros R$ 2 milhões.
É importante frisar a fiscalização emergencial nesse caso, já que o decreto é de calamidade pública, não terá como fiscalizar como uma verba de licitação, ou como forma de pregão presencial. Que essa verba que irá ser liberada, seja usada em prol dos desabrigados, e das famílias que foram atingidas pelo desastre.
Veja vídeos das fortes chuvas
Por: Kalinka Vallença
Ilustração: Marcus Reis