A loja de departamentos Marisa está passando por uma crise financeira, iniciada com a quedas nas ações, após Adalberto Pereira dos Santos, presidente da companhia, ter renunciado o conselho e aprovado uma reestruturação. Na tentativa de renegociar uma dívida de R$ 600 milhões com bancos, a empresa agora mapeia quais lojas dão prejuízo e quantas devem ser fechadas.
As ações da AMAR3 tiveram queda de 92% do valor desde o pico do preço, em fevereiro de 2020, com uma queda de 59% apenas nos últimos meses, de acordo com o Itaú BBA e o BTG, para a varejista o ideal seria ficar fora do mercado atualmente devido a importante oscilação que ocorre desde 2022.
Durante o segundo trimestre do ano passado houve aumento de gastos que geraram um prejuízo de R$ 27, 8 milhões, tendo na mesma época uma dívida de R$ 603,4 milhões. Porém, o valor foi reduzido para R$ 566,1 milhões na última divulgação, sendo 7,9% a mais que 2021, a justificativa da empresa foi que a existência de despesas e juros foram a causa desse cenário.
Terá o mesmo destino da Americanas?
O valor da receita das Lojas Marisa é de R$ 200 a R$ 250 milhões por mês, tendo um valor das dívidas com bancos de R$ 600 milhões, ou seja, valor bem menor que o da Americanas, sendo uma situação menos agravante, que não seria capaz de fazer a varejista fechar as portas.
Entretanto, outras empresas de departamento podem passar por situação parecida, de acordo com Wilson Victoria Rodrigues, diretor da Faculdade de Comércio de São Paulo, uma vez que a realidade atual é que os consumidores estão comprando menos.
- Por July Barbosa com informações do Valor Econômico.
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- Ilustração: Marcus Reis.