O ministro de Comunicação Juscelino Filho (União Brasil) do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é acusado de esconder do Tribunal superior Eleitoral (TSE) o patrimônio equivalente a 2,2 milhões em cavalos de raça. Segundo Informações do Estado de São Paulo, o ministro omitiu em sua uma declaração de bens esse pequeno “detalhe”, durante o registro de sua candidatura a deputado federal.
Segundo a reportagem do Estadão, os cavalos são criados no haras do ministro em Vitorino Freire, no Maranhão, onde ele mandou asfaltar uma estrada que passa por fazendas da família com dinheiro do orçamento secreto.
Em sua declaração ao TSE, Juscelino Filho informou um patrimônio de R$ 4,457 milhões, com fazendas, carros, 50% de uma aeronave, um apartamento e o terreno onde está instalado o haras. O valor declarado por ele é semelhante aos R$ 4,426 milhões que ele movimentou em leilões desde 2018, diz o Estadão.
Além disso, Juscelino está sendo acusado de usar indevidamente o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para participar de leilão de cavalos.
Na tarde do dia 26 de janeiro, o ministro usou a aeronave indevidamente para sair de Brasília com destino a São Paulo numa viagem que justificou como urgente. Seus compromissos oficiais duraram 2h30, mas a viagem se estendeu até segunda-feira (30).
Juscelino não explicou por que usou avião da FAB na segunda-feira, quando seu compromisso oficial se encerrou ao meio dia de sexta-feira. Nem o recebimento de quatro diárias e meia no valor de R$ 3 mil quando sua agenda de trabalho.
Nas redes sociais, internautas comentaram sobre o descaso envolvendo o ministro do governo Lula.
“O ministro das comunicações de Lula usou um avião da FAB e recebeu diárias para participar de um leilão de cavalo de raça! É todo dia um coice na cara do contribuinte”. “Incoerência e falta de compromisso com a ética é a resposta, provando que esse governo é feito apenas de palavras vazias”.
Decreto presidencial prevê que as aeronaves da FAB devem ser solicitadas obedecendo a uma ordem de prioridade. Primeiro, em casos de emergências médicas. Segundo, quando há razões de segurança. Depois, viagens a serviço. As diárias são pagas quando há necessidade de cobertura de despesas extraordinárias com o trabalho. A agenda do ministro não informa sua presença em nenhum dos eventos envolvendo animais.
Por: Kalinka Vallença com informações do Estadão
Ilustração: Marcus Reis