Na noite da segunda-feira (27) suspeito de cometer homicídio no norte de Amsterdã, foi detido, em posse de uma mala com vestígios de sangue e pedaços de carnes que “supostamente” seria de origem humana. O suspeito trata-se do mineiro Begoleã Fernandes, de 26 anos, a apreensão ocorreu no aeroporto de Lisboa, segundo informações da reportagem do jornal português Correio de Manhã.
Ainda segundo o jornal, o suposto acusado teria declarado ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) que a carne seria de “origem humana”. Além disso, ele foi indiciado por falsificação de documentos.
Segundo o SEF, o suspeito, que pretendia viajar com destino a Belo Horizonte, apresentou um cartão de identidade italiano, além de portar outros documentos de identificação em nome de terceiros, o que levantou suspeitas.
Após contato com as autoridades da Holanda, país onde o homem morava, o SEF confirmou que se tratava de um suspeito de praticar um homicídio na noite do último domingo (26), no norte de Amsterdã.
Segundo o jornal, a carne foi analisada no Instituto de Medicina Legal de Lisboa, que também apontou que a amostra investigada não pertence a Alan Lopes, de 26 anos, que pode ter sido assassinado pelo brasileiro na Holanda.
Begoleã Fernandes, natural de Matipó (MG), é suspeito de assinar o também brasileiro Alan Lopes, de 21 anos, em Amsterdã. O crime aconteceu no apartamento da vítima e o corpo foi descoberto pela Polícia Holandesa na noite de domingo (26), quando o mesmo já havia embarcado em um voo com destino a Lisboa.
Segundo o jornal, a família da vítima afirmou que o corpo não foi encontrado com índices de “canibalismo”. Familiares e amigos, contaram que Alan conhecia Fernandes há cerca de 3 anos e costumava abrigá-lo em sua casa quando o suspeito não tinha onde ficar. Além disso, a vítima emprestava dinheiro ao amigo e supostamente a motivação do crime poderia ser a cobrança desse empréstimo.
Canibalismo
Begoleã confessou o crime em uma mensagem enviada a um amigo, segundo relataram os familiares da vítima ao GLOBO, na mensagem, o suspeito afirma que Alan era canibal e que planejava comê-lo, tendo agido em legítima defesa.
No áudio, Begoleã dirige-se a outro amigo brasileiro para pedir dinheiro, para reunir recursos para deixar a Holanda. Nas mensagens, ele relata ter sido convidado para um churrasco na casa de Alan, mas que, por suspeitar do brasileiro, levou uma faca para o local e agiu em legítima defesa. Os áudios foram entregues para as autoridades holandesas.
Begoleã era visita frequente na casa da família de Alan, que residia em Amsterdã há sete anos com a mãe e a irmã. A vítima trabalhava em um açougue. Nas últimas semanas, Begoleã apresentava discurso paranoico e desconexo, segundo familiares da vítima, que estavam viajando na França no momento do crime.
Por: Informações do Estadão
Ilustração: Divulgação
