quinta-feira, novembro 21, 2024

Sete dias na Casa de Saúde Yanomami

Radis lança edição especial com cobertura da emergência Yanomami

O povo Yanomami grita por socorro. As invasões provocadas pela mineração ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY), a maior do país, somada à negligência governamental dos últimos anos, levaram a um cenário de grave crise humanitária, com explosão de casos de malária e mortes de crianças por desnutrição. Em janeiro, o Ministério da Saúde decretou Emergência Sanitária de Importância Nacional (Espin) no Território Yanomami – o que significa, na prática, a convocação de esforços de diferentes instituições para solucionar os graves problemas que afetam a vida de 31 mil Yanomami que vivem na Terra Indígena.

Radis esteve em Roraima e acompanhou de perto os esforços do SUS para salvar as vidas Yanomami. Ouviu profissionais de saúde, muitos deles indígenas, sobre as dificuldades enfrentadas no cotidiano. Conversou com lideranças e indígenas sobre a maneira como resistem e reaprendem estratégias de sobrevivência. Garantir o protagonismo indígena é uma das propostas dessa cobertura especial da Emergência Yanomami.

Na edição, você confere também: o trabalho do Centro de Operações Emergenciais em Saúde (COE) para lidar com a crise; O cotidiano da Casa de Saúde Indígena (Casai) visto de dentro; A complexa operação de resgate de pacientes em território Yanomami de avião; O registro da Assembleia Indígena de Roraima que reivindica retirada completa do garimpo da TIY; Uma entrevista com Davi Kopenawa e seu filho, Dario, sobre as lutas do Povo Yanomami e seu significado para o futuro do Planeta.

Embarque nesta edição com Radis. Leia as reportagens completas no site e na edição 247.

Relembre a Crise dos Yanomami

O Ministério da Saúde (MS) divulgou, na última terça-feira, 7/2, o “Relatório Missão Yanomami”, que apontou as principais necessidades dos povos originários diante da situação de urgência na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, após envio de equipes para dar atendimentos e prestar assistências aos indígenas.

O levantamento foi feito entre os dias 15 a 27 de janeiro e entre os principais problemas encontrados neste período pelas equipes enviadas à missão, foram: condições precárias, falta de profissionais e uma desassistência generalizada.

Desde o último dia 15 de janeiro, uma crise sanitária grave de desnutrição entre os indígenas desta e malária foi anunciada ao Brasil e ao mundo, e só foi possível se chegar a estas informações após denúncia encaminhadas ao MS sobre a morte de três crianças Yanomami, entre 24 e 27 de dezembro de 2022, sendo que duas delas tinham cerca de um ano de idade e a outra tinha 10 meses.

O documento destaca que, na ocasião, chegaram a ser abertos 17 chamados aeromédicos para casos graves que exigiam transporte imediato. Já em janeiro, a equipe da missão exploratória constatou pelo menos dez remoções por dia, sendo que 23 crianças foram resgatadas de uma só vez em uma delas.

Leia mais: Brasil – Relatório do MS aponta falta de assistência grave na Terra Indígena Yanomami


  • Por Redação Convergente com informações Fiocruz
  • Foto: Divulgação
  • Ilustração: Marcus Reis

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