sexta-feira, novembro 22, 2024

Professores rejeitam reajuste salarial de 14% proposto pelo governo e greve deve continuar no AM

Nesta quarta-feira (31), às 11, deve ocorrer nova reunião com representantes do governo para tentar novo acordo

Na sexta-feira (26), o Governo do Amazonas ofertou uma contraproposta de reajuste salarial, de 14%, cujo pagamento seria de forma escalonada, sendo 8% pagos agora e os 6% restantes em julho de 2024. Na manhã desta terça-feira (30), em assembleia geral, os trabalhadores da educação rejeitaram essa contraproposta e decidiram manter a greve.

“A assembleia rejeita principalmente por não chegar ao percentual [25% exigido pelos trabalhadores] e por estar de forma parcelada. Nós vamos aos nossos zonais apresentar uma contraproposta ao governo”, disse Ana Cristina Rodrigues, presidente do Sinteam (Sindicato dos trabalhadores em educação do Amazonas).

O governo havia prometido também efetivar as progressões por titularidade de forma imediata. O secretário geral de Governo, Sérgio Litaiff, informou que seria feito estudo de impacto orçamentário sobre as progressões por tempo de serviço. O governo também prometeu instalar uma comissão de revisão do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) para discutir outras questões como o auxílio-localidade.

Ana Cristina informou que uma nova reunião com representantes do governo ocorrerá nesta quarta-feira (31), às 11h, para tentar um acordo.

Fala de especialista

O professor Helso Ribeiro comentou sobre a situação do reajuste salarial dos trabalhadores da educação no AM, “Eu entendo que em qualquer país desenvolvido do planeta, os professores normalmente têm os melhores salários e aí eu penso que no caso do Brasil, não tô nem falando de Amazonas por enquanto, eu penso que no caso de Brasil, vou pegar um exemplo das três esferas, união, estado e municípios, quem é que ganha mais? Vamos supor ali um procurador, um delegado, esse deveria ser no meu entendimento o salário de um professor, agora a gente sabe q ue isso tá distante ainda de uma realidade né, pelo menor por aqui, e eu penso que cabe as três esferas aos poucos e de forma rápida ir dando aumentos reais, não apenas o que a inflação come dos salários dos professores, então na reivindicação local, na rede de educação do Amazonas, os professores pedem 25%, eu penso que é justo, agora a gente tem que ver finanças do estado para ver se de fato seria compatível, de qualquer forma eu acredito que caso feche em 14% como parece estar sendo delineado, que muito breve e de forma muito rápida o governo do estado, a prefeitura de Manaus e as demais prefeituras tentem priorizar, porque aqui no Amazonas quanto ganha o servidor público mais bem remunerado? Eu penso que esse que deve ser o salário de um professor”.


  • Por Redação Convergente.
  • Foto: Divulgação
  • Ilustração: Marcus Reis

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