sexta-feira, novembro 22, 2024

Veja soluções que estão sendo testadas contra cambistas nas vendas de ingressos

Dentro e fora do Brasil, cambistas usam robôs para chegar na frente na venda pela internet

Tem sido uma verdadeira saga comprar ingressos para shows. As tentativas são marcadas por filas virtuais intermináveis, entradas esgotando em poucos minutos e cambistas com estratégias sofisticadas. Os fãs que recentemente passaram por isso foram os de RBD, Coldplay e Taylor Swift.

Este ato de comprar ingressos para revender depois por um preço mais alto é considerado crime contra a economia popular. O problema é antigo nas filas presenciais de bilheterias, mas, nos últimos anos, cambistas passaram a atuar também na venda de ingressos pela internet. Em alguns eventos, sistemas estão sendo adaptados para tentar combater a prática.

A fila virtual
Quando é liberada a venda de ingressos para um show como o de Taylor Swift, é enorme a quantidade pessoas que entram no site ao mesmo tempo, para tentar fazer a compra. Para organizar o processo e não sobrecarregar o sistema, as empresas formam filas virtuais.
Ao acessar a página, cada pessoa recebe uma senha, que indica sua posição na fila. Na venda de ingressos para os shows da cantora americana, a sequência chegou a ter mais de 1,5 milhão de usuários. Ao contrário do que se imagina, a fila virtual não segue uma ordem rígida de chegada. Abrir o site muito antes do horário de início das vendas não adianta nada. No momento exato em que as entradas começam a ser vendidas, quem está on-line recebe senhas praticamente aleatórias.

Como os cambistas agem?

Entre os mais de 1,5 milhão de usuários na fila virtual para comprar ingressos dos shows de Taylor, nem todos eram humanos. Para burlar o sistema, cambistas usam robôs, que se passam por compradores humanos, com login, senha e informações de CPF, endereço e pagamento.
Como tentar solucionar?
O captcha é mencionado pela Abrevin (Associação Brasileira das Empresas de Venda de Ingressos) como um dos recursos utilizados para tentar combater cambistas. Outros recursos são:

• A limitação de compra de ingressos por CPF;
• Emprego de cadastramento prévio para a venda, com validações de cadastro e dados pessoais;
• Limitação de pedidos simultâneos realizados em um período diário;
• Uso de filas virtuais com tempo limite para a aquisição de ingressos daqueles que estão no momento de compra;
• Utilização de plataformas antifraude;
• Comunicação aos clientes e sociedade com alertas sobre a compra em canais não oficiais e perigos na compra de ingressos revendidos.

Na lei brasileira, não existe o crime de cambismo. Mas a prática é enquadrada pela Justiça na Lei n. º 1.521 sobre crimes contra a economia popular. A revenda de ingressos por preços abusivos pode render pena de seis meses a dois anos de detenço, além de multa.


  • Da Redação
  • Foto: Divulgação

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