sexta-feira, novembro 22, 2024

Instituto de pesquisa promove a palestra “Epidemiologia da leptospirose urbana” nesta sexta-feira (18/8)

Na oportunidade, serão apresentados estudos ecoepidemiológicos dos reservatórios de ratos e do meio ambiente

O Centro de Estudos do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD / Fiocruz Amazônia) apresenta na próxima sexta-feira, 18/8, às 10h (horário Manaus), a palestra “Epidemiologia da leptospirose urbana”, a ser ministrada por Federico Costa, professor adjunto da Universidade Federal da Bahia, no Instituto de Saúde Coletiva. A palestra será moderada pela pesquisadora da Fiocruz Amazônia, Luciete Almeida, e será transmitida via Plataforma Zoom, através do link: https://us06web.zoom.us/j/84398667330?pwd=QlZHc2xxSlJuczRmekxsdXFieU5vQT09 , ID da Reunião: (843 9866 7330) e, Senha de acesso: (891139).

Na oportunidade, serão apresentados estudos ecoepidemiológicos dos reservatórios de ratos e do meio ambiente, juntamente com estudos prospectivos de longo prazo de uma coorte de moradores de favelas da cidade de Salvador, no Brasil, a qual a equipe de cientistas tem acompanhado para estudar a leptospirose. “Esse trabalho é importante não apenas no combate à leptospirose, mas também no estudo das zoonoses em geral, ao integrar a compreensão da dinâmica da infecção no reservatório natural, que determinará a “risco inerente” para os humanos, com a compreensão dos fatores na interface reservatório-humano – climáticos, sociais, comportamentais humanos – que traduzem isso em risco real e, portanto, em padrões de infecção humana”, explica.

Segundo explica Costa, as infecções emergentes e reemergentes são amplamente reconhecidas como uma ameaça urgente e crescente à saúde humana em escala global. “Isso é especialmente relevante nas favelas urbanas, onde as pessoas geralmente vivem aglomeradas, são frequentemente vulneráveis por natureza e convivem em estreita proximidade com reservatórios de infecção de animais e meio ambiente. A leptospirose, uma doença zoonótica causada por um agente espiroqueta transmitido por ratos, tem se tornado um importante problema de saúde à medida que os assentamentos precários se expandem rapidamente em todo o mundo”, destaca.

O palestrante destaca ainda, que em países como o Brasil, grandes epidemias ocorrem anualmente nas comunidades de favelas durante períodos sazonais de chuvas intensas. “Esses surtos estão associados a manifestações potencialmente fatais, como a síndrome de hemorragia pulmonar (LPHS), com uma taxa de letalidade superior a 50%. O peso da leptospirose continuará aumentando à medida que a população mundial de favelas dobrar para dois bilhões até 2025. Portanto, é necessário abordar lacunas críticas em nossa compreensão da dinâmica de transmissão da leptospirose para identificar estratégias inovadoras e informadas de prevenção que possam ser implementadas de forma eficaz nessas comunidades”, enfatiza.

SOBRE O PALESTRANTE

Bacharel em Ciências Biológicas, formado pela Universidade Nacional de Rio Cuarto, Federico Costa é mestre em Controle de Pragas e Impacto Ambiental pela Universidade Nacional de San Martín, em Buenos Aires, Argentina; Doutor em Biotecnologia e Medicina Investigativa pelo Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz.

Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal da Bahia no Instituto de Saúde Coletiva, onde também atua como professor permanente da Pós-Graduação em Saúde Coletiva. É também professor permanente da Pós-Graduação em Ecologia: Teoria, Aplicação e Valores. É professor colaborador do Programa de Pós-graduação em Microbiologia da UFBA.

Frederico é pesquisador visitante da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, e da Universidade de Liverpool. Desenvolve-se como conselheiro da Organização Mundial da Saúde na estimação de carga mundial da leptospirose. Tem experiência interdisciplinar em determinantes Ecológicos e Sociais da saúde, Epidemiologia, Biotecnologia, Microbiologia, Revisão Sistemática de Literatura e Estratégias de prevenção de doenças.

SOBRE O CENTRO DE ESTUDOS

O Centro de Estudos do ILMD/Fiocruz Amazônia é um núcleo que oportuniza encontros, palestras, seminários e debates sobre diversos temas ligados à pesquisa e ao ensino para a promoção da saúde. Os eventos são gratuitos e ocorrem às sextas-feiras. As atividades são destinadas a estudantes de graduação e pós-graduação, pesquisadores, professores e trabalhadores da área da Saúde.


  • Fonte: Fiocruz Amazônia
  • Foto: Divulgação

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