A greve de Hollywood pode contar com reforço de profissionais de games em breve. Na última sexta-feira (1), o SAG-AFTRA, sindicato que representa personalidades do cinema e TV na paralisação, convocou os atores de jogos para votarem por greve no setor.
No pronunciamento, Fran Drescher, presidente do SAG-AFTRA, demandou aumento de salários em 11%, atendimento médico local para captura de movimentos de alto risco e garantias contra o uso de IA nos jogos em detrimento de atores.
Entre as empresas de games que já se encontram em negociação com o SAG-AFTRA, estão a Activision, Disney, EA, Insomniac, Take-Two Interactive e Warner Bros. Games.
Ainda não se sabe, porém, se os atores de games vão acatar a paralisação. A votação pela greve no setor está prevista para acontecer até o dia 25 de setembro, de acordo com Drescher.
“Mais uma vez, enfrentamos a ganância e desrespeito dos empregadores”, disse a presidente do sindicato na convocação realizada na sexta-feira (1). “Mais uma vez, a inteligência artificial coloca nossos membros em risco de redução de oportunidades de trabalho”.
Diferenças entre as greves
Diferente dos grandes estúdios de Hollywood, porém, a indústria de games parece mais favorável a encontrar um acordo ao menos, até o momento.
Audrey Cooling, representante dos produtores de games que participa das negociações, disse: “todos queremos um contrato justo que reflita as importantes contribuições dos atores do SAG-AFTRA em uma indústria que entrega entretenimento de ponta para bilhões de jogadores ao redor do globo”.
Em Hollywood, a greve teve início em maio com os roteiristas da Writers Guild of America. Os protestos contaram com reforço dos atores de cinema e TV a partir de julho, implicando uma paralisação ainda mais ampla do setor.
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- Por July Barbosa com informações UOL
- Revisão textual: Vanessa Santos
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