Nesta segunda-feira (9), o Rio Negro atingiu a cota de 14,41, sendo a quinta maior estiagem já registrada na história do Amazonas. A informação referente à medição do nível do rio é do Porto de Manaus, que faz a verificação diária.
Com a marca de hoje, o nível entra na história como a quinta menor já registrada, atrás apenas de 4 de novembro de 1997, com 14,34; 13 de novembro de 1906, com 14,20; 30 de outubro de 1963, com 13,64; e a seca histórica de 24 de outubro de 2010, quando o Rio Negro chegou a 13,63 metros. Com isso, o Rio Negro fica a 78 centímetros de bater a seca histórica.
Nos primeiros nove dias do mês de outubro, o Rio Negro já perdeu 1,25 metros, de acordo com os dados do Porto de Manaus. O pior dia de perda foi registrado no dia 1º, quando o rio perdeu 20 centímetros.
Como mostrou O Convergente, dados do Porto de Manaus apontam que o cenário da estiagem em 2023 é muito mais severo do que o da cota histórica de 2010. Isso porque, no mês de setembro, houve um rápido avanço na seca, com o Rio Negro perdendo mais de 30 centímetros por dia.
Com a severa estiagem, o famoso cartão-postal do Estado, o Encontro das Águas, agora apresenta bancos de areias no lugar onde a água era abundante.
Devido a isso, 42 cidades do Amazonas já decretaram situação de emergência, até este domingo (8). 18 municípios estão em situação de alerta e apenas 2 em normalidade. A estiagem já afeta 68 mil famílias, o que representa 273 mil pessoas, conforme informações do Governo do Amazonas.
*Com informações do O Convergente
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Da Redação
Ilustração: Marcus Reis