segunda-feira, novembro 25, 2024

Ainda com presença de fumaça das queimadas, qualidade do ar em Manaus está no nível “ruim” nesta segunda, 16/10

A plataforma de Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva) classifica o ar esta manhã, em Manaus, como “ruim”

A chuva que caiu em Manaus, neste fim de semana, pode ter ajudado a amenizar a fumaça das queimadas que há dias está encobrindo a capital e melhorado a qualidade do ar, mas, segundo a plataforma de Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva), o ar esta manhã está classificado como “ruim”.

Uma chuva que iniciou na madrugada de sábado, 14/10, iniciou a relativa melhora na qualidade do ar na capital que já havia sido classificada como um dos piores lugares do mundo para se respirar, devido à fumaça e ao mau cheiro das queimadas por toda cidade.

A “onda de fumaça” que encobre Manaus está vindo dos municípios do Careiro e Autazes e é causada por agropecuaristas. A informação é do Superintendente do Ibama no Amazonas, Joel Araújo, e foi dada nesta quarta-feira (11).

Ibama

Brigadistas do Ibama e do ICMBio embarcaram na tarde deste domingo (15/10) de Brasília para Manaus. O voo da FAB também leva equipamentos que serão doados para o governo do Amazonas.

58 especialistas em incêndio do Ibama e do Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade chegaram à Manaus com os kits de combate a incêndios que serão doados ao governo do Estado.

Agora, são 289 brigadistas que, a princípio, irão atuar nas cidades onde registram mais focos de incêndios, como Autazes e Careiro da Várzea.

As equipes vão reforçar o combate às queimadas no Estado do Amazonas. Na sexta-feira (13/10), o governo federal anunciou o reforço de 149 brigadistas, dobrando o efetivo no Estado para 289.

Queimadas no AM

O Amazonas decretou, no dia 12 de setembro, situação de Emergência Ambiental em municípios das regiões Sul do Amazonas e Metropolitana de Manaus sob o impacto negativo do desmatamento ilegal e queimadas não autorizadas.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Amazonas registrou 3.925 focos de queimadas nos primeiros dez dias de setembro.

A Situação de Emergência Ambiental abrange áreas dos municípios de Apuí, Novo Aripuanã, Manicoré, Humaitá, Canutama, Lábrea, Boca do Acre, Tapauá e Maués, no sul do estado; e Iranduba, Novo Airão, Careiro da Várzea, Rio Preto da Eva, Itacoatiara, Presidente Figueiredo, Manacapuru, Careiro Castanho, Autazes, Silves, Itapiranga, Manaquiri e a própria capital, na Região Metropolitana de Manaus.

Problemas de saúde

Atualmente, a poluição do ar é considerada uma das maiores ameaças à saúde humana. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 90% da população mundial respira ar abaixo de níveis seguros.

O crescimento dos incêndios florestais agrava os índices de poluição do ar. O monóxido de carbono (CO), partículas de fuligem e elementos tóxicos presentes na fumaça geram uma série de efeitos no corpo humano.

Alguns dos problemas decorrentes da inalação de fumaça e fuligem são tosse, falta de ar, aumento de doenças respiratórias, inflamação, diminuição da função pulmonar, aumento da admissão hospitalar e mortalidade, principalmente, em pacientes com doenças cardiovasculares e/ou pulmonares, piora dos ataques de asma em asmáticos, aumento de casos de câncer, entre outros.

Crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças pulmonares ou cardíacas são considerados os mais vulneráveis às complicações causadas pela fumaça.

As pessoas que moram próximo às áreas de queimadas são as mais suscetíveis a sofrerem com as consequências para a saúde. Entretanto, a fumaça pode viajar milhares de quilômetros e atingir outras cidades, estados e até países.

Leia mais: Após chuva, qualidade do ar melhora e passa para o nível “moderado” neste sábado, 14/10 em Manaus


  • Por July Barbosa
  • Revisão textual: Vanessa Santos
  • Foto: Rede social

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