segunda-feira, novembro 25, 2024

Após 50 dias, navios voltam a atracar em complexo portuário de Manaus

As embarcações trazem insumos para indústrias do Polo Industrial de Manaus

A administração do Porto Chibatão informou que navios voltaram a atracar no complexo portuário a partir da quarta-feira (22/11). O navio Aristote (Mercosul e CMA CGM) marcou, às 18h, o retorno das operações portuárias essenciais para o abastecimento de insumos no comércio e no Polo Industrial de Manaus (PIM).

Em nota, a administração comunica que o retorno dessas operações “é fundamental para restabelecer o fluxo logístico da região, mesmo com a capacidade dos navios reduzidos em 50%, que se equipara ao mesmo período do ano passado”.

Os próximos navios a atracar são o Mercosul Santos e o Mercosul Suape, ambos nesta quinta-feira (23/11). As embarcações trazem insumos para indústrias do Polo Industrial de Manaus.

Impactos econômicos

Ao Portal O Convergente, a economista Denise Kassama explicou, na época, que a interdição do Porto Chibatão ocorreu devido às águas do rio estarem baixas e, por isso, os navios de grande porte poderiam ficar “sem fundo” para navegar e ancorar no Porto.

“É evidente que o Porto Chibatão está interditado, significa que não há calado, fundo de rio suficiente para que os barcos e navios aportem nele”, disse. “Se aqui está ruim, que é uma região que não deveria ter esse problema, demonstra que o trajeto pelo rio como um todo deve estar muito difícil por conta da seca”, explicou.

Ela ainda apontou os impactos econômicos que podem afetar a região devido à restrição do Porto Chibatão, o que pode acarretar falta de insumos para produção em indústrias e até pode ocasionar demissões nas empresas da Zona Franca de Manaus.

“Se essa cerca se perdurar por muito mais tempo, isso significa que pode faltar insumos para as indústrias do Polo Industrial de Manaus e, sem insumos, elas não produzem e se não produzem, elas têm mão de obra parada ou demitida por conta dessa paralisação”, afirmou.

Ao O Convergente, ela ainda reforçou que os economistas têm acompanhado o cenário com “temor”. Além de afetar o setor industrial, a restrição no Porto Chibatão pode atingir o dia a dia das famílias manauaras, como na alimentação.

“Pode afetar toda população, porque pode faltar produtos de consumos, alimentos que vem de fora, produtos podem faltar, porque não estão chegando”, disse.


  • Por Redação Convergente
  • Ilustração: Giulia Renata Melo

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