sexta-feira, novembro 22, 2024

Com novos casos confirmados, confira o cenário epidemiológico de arboviroses em Manaus

O período sazonal é mais propício ao surgimento de focos de água parada, favorecendo a proliferação do Aedes e de outras espécies de mosquitos vetores dos arbovírus, causadores de doenças como a dengue, zika e Oropouche

Foi divulgado na última segunda-feira, 29/01, a nova edição do Boletim Epidemiológico de Arboviroses, com números de casos de dengue, zika, chikungunya, oropouche e mayaro registrados na capital. A edição de nº 4 do informe da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) apresenta dados da Semana Epidemiológica de 21 a 27/1 deste ano.

Segundo o boletim, no período de avaliação, Manaus teve 573 casos notificados (suspeitos) e 74 confirmados de dengue, e outros 1.773 casos estão sendo investigados. De zika, constam no informe um caso notificado, um confirmado e 11 em investigação. Os registros de chikungunya incluem seis casos notificados e 24 em investigação, não havendo casos confirmados dessa arbovirose.

Em 2024, até o dia 27/1, Manaus contabilizou 809 casos de dengue confirmados por critérios laboratoriais, clínicos e/ou clínico-epidemiológicos; e dois casos confirmados de zika. Não há registro de casos confirmados de chikungunya no município até o momento.

O boletim da Semsa informa ainda 137 casos novos de oropouche no período de 21 a 27/1, totalizando 515 registros em 2024, todos confirmados mediante análise laboratorial, dado que a confirmação dessa arbovirose ocorre por conta do diagnóstico diferencial realizado com os casos suspeitos de dengue.

Não há casos confirmados ou em investigação de mayaro. Não constam do informe casos notificados das duas doenças, por não serem agravos de notificação obrigatória.

Não há óbitos em investigação ou confirmados em decorrência de dengue, zika, chikungunya, oropouche ou mayaro em Manaus, de acordo com o informe epidemiológico semanal.

O Boletim Epidemiológico de Arboviroses é elaborado pelas gerências de Vigilância Epidemiológica, de Vigilância Ambiental e Controle de Agravos por Vetores, e do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde da Semsa Manaus. Os dados são oriundos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), via Sinan-Online e Sinan Net, e do Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), estando sujeitos a atualização.

Enfrentamento

A secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe, destaca que o município conduz ações permanentes de prevenção e controle das arboviroses, reforçadas durante o chamado inverno amazônico, marcado pelo maior volume de chuvas na região, de novembro a abril. “O período sazonal é mais propício ao surgimento de focos de água parada, favorecendo a proliferação do Aedes e de outras espécies de mosquitos vetores dos arbovírus, causadores de doenças como a dengue, zika e Oropouche”.

As ações da Semsa no enfrentamento das arboviroses incluem o manejo ambiental e as visitas e inspeções dos agentes de vigilância em residências, comércios e outros estabelecimentos, bem como em terrenos baldios. A secretaria realiza ainda, em articulação com outras instituições, ações de prevenção e controle para evitar o aumento de casos como os de dengue, chikungunya, zika.

“Além disso, enfatizamos o papel essencial da população na vistoria regular dos quintais e do interior das casas, a fim de identificar riscos e eliminar focos de água parada, que podem se tornar criadouros para o Aedes e outros mosquitos”, pontua a secretária.

O checklist semanal de 10 minutos nas residências inclui medidas simples, como descartar ou guardar de forma adequada materiais que possam conter água parada, como baldes, garrafas, pneus e copos descartáveis; limpar e desobstruir calhas e ralos; encher de areia os pratos de plantas; manter tampadas as caixas d’água; dar descarga em vasos sanitários pouco utilizados; entre outras.

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde – SEMSA

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