No Brasil vence sempre o mais forte. O “eu tenho a força e sou invencível”, tem sempre representatividade política e fica atrás da mesa com uma caneta na mão.
O que ocorre é que o Brasil vive historicamente uma rede de corrupção nos três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.
E a prática dos “fins justificam os meios” se perpetua e nada de “novo” se concretiza nesse país. Assim, não conseguimos atingir a eficácia dos direitos fundamentais e vale ressaltar que tais direitos fundamentais encontram-se preconizados na Constituição Federal de 1988.
A grande questão, é justamente analisar qual a postura do Judiciário nestes casos, já que a judicialização da política tem sido uma consequência da omissão dos poderes políticos no exercício de suas funções.
Ocorre que o Judiciário não pode invadir esferas que não lhe competem, decidindo sem qualquer limitação ou balizamento. Torna-se preciso frear o ativismo judicial desmedido, sendo assim é necessário entendermos o que representa cada esfera do poder:
O Poder Executivo é liderado pelo presidente na esfera federal, pelo governador em nível estadual e pelo prefeito no âmbito municipal. São deles as funções de observar as necessidades da coletividade e atendê-las conforme a Constituição Federal de 1988 e demais leis, propondo planos e ações para educação, cultura, saúde, segurança, infraestrutura e programas sociais.
No Poder Legislativo, o Congresso Nacional é constituído por senadores e deputados federais. Os deputados estaduais representam a população no nível estadual e os vereadores no âmbito municipal. Os senadores, deputados e vereadores são responsáveis pela criação de leis e pela fiscalização do Poder Executivo.
A tarefa do Poder Judiciário é aplicar a lei, julgando e interpretando fatos, e assim, assegurando a aplicação do Direito conforme a Constituição de 1988. Os Órgãos da Justiça devem assegurar os direitos individuais, coletivos e sociais da população, instituições e Estado. O órgão máximo da justiça no Brasil é o Supremo Tribunal Federal, composto por 11 ministros nomeados pelo Presidente da República.
Agora sim, podemos falar sobre as implicações e o tsunami de denuncias e práticas escancaradas de corrupção que ocorrem no Sistema Judiciário Brasileiro. Aqui cabe uma reflexão sobre a insistência do brasileiro de ser amparado por super heróis.
O Brasil quer um pai! E isso custa muito caro para a nação. Falta autonomia e auto estima para os brasileiros.
Os mesmos erros que são rotineiramente apontados pelos conservadores da extrema direita sobre a construção midiática do flagelo ideológico contra o PT se repete abertamente com os apoiadores do atual governo.
Isso impede que o cidadão possa construir no cognitivo uma separação do Ego, Superego e do Id, onde são instâncias que formam a psique humana, de acordo com a Teoria da Personalidade, desenvolvida por Sigmund Freud em seus estudos sobre a Psicanálise.
O Ego surge a partir da interação do ser humano com a sua realidade, adequando os seus instintos primitivos com o Id. O Ego é o mecanismo responsável pelo equilíbrio da psique, procurando regular os impulsos do Id. Porém, graças ao Ego a pessoa consegue manter a sanidade da sua personalidade.
já o Superego se desenvolve a partir do Ego e consiste na representação dos ideais e valores morais e culturais do indivíduo. O Superego atua como um “conselheiro” para o Ego, alertando-o sobre o que é ou não moralmente aceito.
No campo do discernimento sobre as escolhas dos políticos no Brasil o Superego do povo brasileiro está cego e vem aceitando o que não é moral e ético. Exemplo disso, podemos citar a eleições de 2018, onde foram marcadas pelo ódio e ruptura do povo.
A impulsividade construída pela alienação através de uma massa de manobra, criou um novo conceito para a corrupção. Como se ela só existisse sobre o partido da esquerda.
Existe no Brasil uma corrupção enraizada profundamente nos partidos da direita e da esquerda. O país no atual cenário está dividido!
As manifestações na atualidade estão com objetivos de avanços e outros de retrocessos. Essa disputa do cabo de guerra está saindo muito caro para a população que enfrenta o agravamento da pobreza, a miséria e o desemprego no país.
“Nem direita e nem esquerda, precisamos criar um caminho uniforme e coletivo, através das idéias que se encontram nesses duplos caminhos”.
Precisamos criar consensos para enxergarmos o que já está aparente, precisamos decifrar as relações sociais que são mascaradas nos poderes que atuam e se perpetuam em ciclos.
Para além dos três poderes, foi criado um de impacto. sabe qual é? A mídia!
Para combater esse flagelo que se tornou a política no país é necessário a união entre o povo dessa nação. Precisamos olhar além das siglas partidárias. A reforma política ao meu ver, deveria ter sido a principal pauta discutida como medida emergencial para se curar o câncer da corrupção na política.
No entanto, pouco se fala sobre a reforma política. O que se verifica é o fortalecimento sobre a criação de novos partidos pautados em velhas políticas, aumento de verba pública para financiar novamente as eleições partidárias e os velhos e novos conchave da política.
Por agora, nada definitivamente mudou!
- Redação: Portal Manaós
- Imagem: divulgação