sexta-feira, novembro 22, 2024

Caso Djidja: Polícia Civil encerra investigações e indicia 11 pessoas pela morte da ex-sinhazinha

Conforme o delegado Cícero Túlio, Djidja e a família já vinham sendo investigados por tráfico das substâncias tóxicológicas 40 dias antes da morte na operação nomeada por Mandágora 1 e 2

A  Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) divulgou na manhã desta quinta-feira (20), mais detalhes sobre o fim das investigações envolvendo a morte da ex-sinházinha do boi Garantido, Djidja Cardoso, encontrada morta em sua residência em 28 de maio. O fim do inquérito foi declarado na última quarta-feira (19).

Em entrevista coletiva, o Delegado responsável pelo caso, Cícero Túlio, explicou a ordem cronológica fixada no inquérito da investigação. Segundo ele, Ademar, irmão de Djidja foi o primeiro a ter contato com a substância chamada Ketamina, em forma de pó, quando a família o enviou para fazer controle do vício em drogas alternativas como maconha, chás alucinógenos e cogumelos, na Inglaterra.

Ao retornar para o Brasil, após problemas com os fornecedores, Ademar se separa da ex e inicia um novo relacionamento, com Audrey, que facilita o contato com a Ketamina também em formato de pó. Ademar e Audrey então, teriam sido os responsáveis por apresentar a substância para Cleusimar.

“Existe aí o início de estudos sobre os elementos químicos que formam a composição da Ketamina justamente para que a família pudesse verificar ali qual seria a forma mais rentável pra eles na sua utilização. Eles passam a fazer testes neles mesmo e acabam descobrindo que a forma injetável, de forma subcuntânea renderia mais usos para aquela família.” contou o Delegado.

A partir daí, Cleusimar, Ademar e Djidja passam a induzir funcionários da rede de salões de beleza a consumir a droga, até o momento em que os mesmos passaram a enfrentar dificuldades de acesso a substância.

Bruno, ex-namorado de Djidja, que também iniciou o consumo e participação na seita, estabelece contato com Hatus Silveira, que se identificava como personal trainer de Djidja que já fazia uso de medicações de cavalos, e facilitou o contato com o dono do petshop Maxvet, José Máximo de Oliveira que se torna o fornecedor da família.

“Conseguimos identificar a partir da análise de todo o processo probatório que foi produzido, em especial, as mídias residentes nos aparelhos telefônicios dos próprios autores, que o Ademar figuraria como autor do crime de tortura em relação a Audrey e em relação a sua ex-companheira. E a Cleusimar passaria a cometer abusos em forma de torturas em relação a Djidja, no momento em que eles percebem que a Djidja estaria numa situação de quase morte.”, acrescentou.

Durante as investigações, foram divulgadas diversos vídeos feitos por Cleusimar, onde ela mesma grava a filha e Ademar sob efeito da droga. Ademar também é acusado de torturar a ex-companheira enquanto ainda residia em Londres.

Segundo o laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML), a morte da ex-sinhazinha foi causada por um edema cerebral que afetou o funcionamento do coração e da respiração. As principais suspeitas apontam o uso da droga Ketamina como causadora das complicações.

Conforme o delegado Cícero Túlio, Djidja e a família já vinham sendo investigados por tráfico das substâncias tóxicológicas 40 dias antes da morte na operação nomeada por Mandágora 1 e 2.

Ainda foram citados dois novos nomes entre os indiciados, confira a lista:

 

Ademar Farias Cardoso Neto, irmão de Djidja Cardoso;

Cleusimar Cardoso Rodrigues, mãe de Djidja;

Verônica da Costa Seixas, gerente do salão de beleza Belle Femme;

Marlisson Vasconcelos Dantas, cabeleireiro do mesmo salão ( em prisão domiciliar);

Claudiele Santos da Silva, maquiadora do mesmo salão ( em prisão domiciliar) ;

Bruno Roberto, ex-namorado de Djidja;

Hatus Silveira, se identificava como personal trainer de Djidja;

Dois funcionários da clínica veterinária suspeita de fornecer cetamina para a família Cardoso (em prisão domiciliar)

José Máximo de Oliveira, dono da clínica veterinária suspeita de fornecer cetamina para a família Cardoso;

Emiclei Araújo Freitas Junior;

Roberleno Ferreira de Souza, administrador de um dos petshops;

 

 

 

 

 

 

Ilustração: Marcus Reis

Leia mais: Caso Djidja: Polícia nega investigação da morte de avó; Defesa pede avaliação psiquiátrica de mãe e filho

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