Após Manaus ter enfrentando uma série de problemas nessa terça-feira (13) após o incêndio de um poste na avenida Mario Ypiranga, os vereadores de Manaus repercutiram o episódio durante a sessão plenária da Câmara Municipal de Manaus (CMM), nesta quarta-feira (14).
O caso aconteceu no fim da manhã de terça-feira (13), onde a fiação de um poste de energia elétrica pegou fogo. Por conta das ações para combater o incêndio, avenidas de Manaus ficaram congestionadas.
O presidente da CMM, o vereador Caio André (UB), comentou sobre o assunto no pequeno expediente da sessão plenária da Casa Legislativa e cobrou que a Prefeitura de Manaus precisa ter um plano de contingência para esse tipo de situação.
“A cidade de Manaus parou por 3 horas. Não tivemos energia elétrica, internet e, mais do que isso, as pessoas de Manaus ficaram presas [no trânsito]. Isso mostra que a cidade de Manaus não tem um plano de contingência para enfrentar esse sinistro. Não podemos conceber que por causa de um incêndio em um poste, simplesmente, o trânsito da nossa cidade pare”, disse.
O vereador ainda pontuou que foi notório que Manaus não está preparada para ocasiões como as que ocorreram. “Uma metrópole como Manaus ficar presa porque um poste se incendiou, por aquilo que já estávamos batendo. Não podemos conceber isso, a Prefeitura de Manaus precisa ter um plano de contingência para atuar nesse tipo de sinistro e ficou claro no dia de ontem que não temos, nós não estamos preparados para isso”, alegou.
O vereador William Alemão (Cidadania) também se posicionou sobre o assunto e afirmou que a Prefeitura de Manaus desrespeitou uma lei aprovada pela CMM, sendo a Lei 2.208 de janeiro de 2017, sobre os medidores aéreos no município.
“O que aconteceu ontem em Manaus já tinha sido colocado por essa Casa e é mais um caso de descaso do poder público. Manaus ficou às escuras, boa parte dela por 6 horas, sem internet, trânsito parado, sem energia. […] Com aquela centenas de fios que ninguém sabe de quem era? A Prefeitura de Manaus não pode desobedecer uma lei, a lei existe e precisa ser cumprida”, afirmou.
O caso também foi comparado a um “episódio apocalíptico” pelo vereador Rodrigo Guedes (PP), onde pontuou a fumaça em Manaus, falta de água, falta de energia e um trânsito congestionado.
“Só faltaram as trombetas tocando anunciando na nossa cidade o fim do mundo. É inaceitável não termos um plano de gerenciamento de crise para casos como esse. A fiação do jeito que estava ali, era óbvio que isso iria acontecer […]. Inaceitável, apocalíptico e a fumaça, tendo que respirar fumaça. Foi um dos dias mais tristes da cidade de Manaus”, disse o parlamentar.
Outro lado
Após o episódio, a Prefeitura de Manaus emitiu uma nota afirmando que 40 agentes de trânsito foram escalados para atender a medida de urgência e prestar apoio no trânsito da área atingida pelo incêndio. Sobre o incêndio, a Prefeitura não se pronunciou.
“Na manhã desta terça-feira, 13/8, um incêndio destruiu toda a fiação elétrica dos postes no cruzamento das avenidas Mário Ypiranga Monteiro com rua Salvador, no bairro Adrianópolis, zona Centro-Sul de Manaus. Em resposta ao incidente, o Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) interveio no trânsito da região.
Com as medidas adotadas, o tráfego na avenida André Araújo com rua Salvador foi desviado para a avenida Umberto Calderaro Filho, permitindo que os motoristas tenham a opção de seguir em direção ao bairro São Francisco, no sentido Centro ou acessar à direita, descendo a avenida Umberto Calderaro Filho. Para aqueles que circulavam pela avenida Mário Ypiranga Monteiro, os agentes estão desviando para a rua Belo Horizonte e, posteriormente, seguem por outros itinerários.
Na avenida Mário Ypiranga Monteiro, o trânsito foi redirecionado a partir do viaduto Miguel Arraes (Recife), sendo necessário acessar as avenidas Maceió ou Ephigênio Salles. Os motoristas que se dirigem ao Centro têm como opções as avenidas Maceió, Djalma Batista e Constantino Nery para desviar do local afetado.
O IMMU reforça que o acesso às vias interditadas só será permitido para os moradores da área. Aproximadamente 40 agentes de trânsito foram escalados para atender a essa medida de urgência e prestar apoio no trânsito.”
*Com informações do O Convergente