A estiagem já afeta mais de 82 mil famílias em todo o Amazonas, sendo um desses grupos os indígenas da Aldeia Cuia, no polo base Pantaleão, em Autazes. O município vive uma situação crítica em meio a severa seca, que fez todos os municípios do Amazonas entraram em situação de emergência.
Em relato encaminhado pelo Tuxaua José Roberto, a aldeia sofre com a falta de alimentos, como peixes. Por conta do baixo nível das águas, os indígenas ficam impossibilitados de pescar.
“Essa é a realidade de nossa aldeia cuia, tudo seco. A fauna e a flora não existem mais. Nossa grande dificuldade é que não temos mais nossos peixes para a sustentação dos nossos indígenas”, escreveu o tuxaua.
No relato, o líder Pantaleão ainda pede ajuda das autoridades e de toda sociedade para doação de cestas básicas, nesse momento crítico.
“Água nova só chega em fevereiro do outro ano, de 2025. Por isso eu, TUXAUA JOSÉ ROBERTO, da aldeia cuia, venho pedir ajuda com as cestas básicas para meus indígenas que tanto precisam nesse momento de estiagem”, finalizou o líder.
Ações do governo
Até o momento, foram enviadas 200,3 toneladas de medicamentos e insumos para os municípios das calhas dos rios Madeira, Juruá, Purus e Alto Solimões. Uma usina de oxigênio foi instalada no município de Envira, cerca de 200 volumes de medicamentos e insumos foram enviados para o município de Fonte Boa, 15 cilindros de oxigênio foram enviados para o hospital de Canutama e 12 cilindros para o hospital de Eirunepé.
No âmbito da assistência humanitária, 737,1 toneladas de alimentos foram distribuídas para as regiões mais afetadas. Para atender as famílias afetadas, o governo também já instalou 25 purificadores de água, sendo 10 deles direcionados para a calha do Alto Solimões, além de enviar 100 caixas d’água para melhorar o acesso à água potável.
*Com informações do O Convergente
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