A Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF) prendeu, na quinta-feira (10), um funcionário terceirizado que supostamente utilizava o estacionamento de órgãos como Supremo Tribunal Federal (STF), do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Câmara dos Deputados para negociação e distribuição de entorpecentes. A prisão faz parte de uma investigação que tenta desarticular um possível esquema de venda de drogas para servidores públicos na Esplanada dos Ministérios e na Praça dos Três Poderes.
Os investigadores da 5ª Delegacia de Polícia do DF indicam que funcionário terceirizado servia de elo entre os servidores públicos e os traficantes do entorno do Plano Piloto de Brasília. Segundo informações, ele trabalhava como eletricista em diversos prédios que fazem abrigam. O STF ainda não se manifestou publicamente sobre o caso.
No horário de almoço e nos intervalos entre um serviço e outro, o eletricista usaria seu carro, estacionado em um dos espaços públicos da Esplanada, para fornecer maconha. O eletricista já havia sido preso em 15 setembro de 2023, mas solto em fevereiro deste ano por meio de um habeas corpus do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Na ocasião, foram apreendidos 12 quilos de cocaína, 3,4 quilos de maconha e 5,2 quilos de “skunk”, balanças de precisão e materiais para embalagem de drogas. Já no celular do eletricista os policiais encontraram informações sobre a dinâmica da venda de drogas no estacionamento da Esplanada e, com isso, chegaram aos traficantes que forneciam os produtos ilícitos. Eles foram presos na operação da última quinta-feira (10).
Segundo a Polícia Civil, o eletricista fazia a venda de drogas utilizando os estacionamentos do STF, do TCU e da Câmara dos Deputados como pontos de encontro.
Ilustração: Marcus Reis