A líder da oposição na Venezuela, Maria Corina Machado foi sequestrada e presa nesta quinta-feira, 9, pelo regime do ditador Nicolás Maduro, que toma posse como presidente reeleito nesta sexta-feira, 9. Segundo as informações do Comando ConVzla e foram confirmadas pela página oficial de Maria no X, ela foi detida ao sair da manifestação que ocorreu ao longo de todo o dia de hoje em Chacao, um distrito da capital Caracas.
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“Maria Corina foi violentamente interceptada em sua saída da concentração em Chacao. Esperamos confirmar em minutos sua situação. Efetivos do regime dispararam contra as motos que a transportavam”, afirmou a conta oficial do partido Comando ConVzla, partido de Maria Corina e Edmundo Gonzáles. A publicação também foi compartilhada pela rede social de Maria Corina no X.
Segundo a jornalista venezuelana Carla Angola, que acompanha a manifestação no país, ao menos 17 motos, drones e camionhetes das forças de segurança do regime do ditador Nicolás Maduro dispararam com armamentos fortes e pesados contra as motocicletas que transportavam Maria Corina Machado, que chegou a cair no asfalto antes de ser detida e levada.
María Corina estava vivendo na clandestinidade na Venezuela há pelo menos cinco meses, por temer pela própria vida, mas havia feito a primeira aparição pública ao longo desses meses durante as manifestações de hoje no país.
Por meio das redes sociais, Edmundo Gonzáles exigiu a imediata liberação de Maria Corina e mandou um recado às forças de segurança que a prenderam.
“Como presidente eleito, exijo a liberação imediata de Maria Corina Machado. Às forças de segurança que a sequestraram, eu digo: não brinquem com o fogo”, escreveu Edmundo Gonzáles, nas redes sociais.
Entenda
Nesta quinta-feira, 9, milhares de venezuelanos saíram às ruas de Caracas e outras cidades para protestar contra a posse do presidente reeleito Nicolás Maduro, prevista para amanhã, 10 de janeiro. As manifestações, lideradas por figuras da oposição como María Corina Machado, ocorrem em um clima de alta tensão política e forte presença das forças de segurança.
Os protestos foram convocados após alegações de fraude nas eleições presidenciais de julho de 2024, nas quais tanto Maduro quanto o candidato opositor, Edmundo González, reivindicaram vitória.
Por: Bruno Pacheco