A cidade de Tabira, no Sertão de Pernambuco, viveu momentos de horror e revolta após o assassinato do pequeno Arthur Ramos Nascimento, de apenas dois anos. O caso, que gerou grande comoção, culminou no linchamento de um dos suspeitos, em um ato de justiça com as próprias mãos que reacendeu o debate sobre a violência e a segurança pública no país.
Arthur foi encontrado com múltiplas lesões pelo corpo e chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. A Polícia Civil rapidamente iniciou as investigações e identificou como principais suspeitos Giselda da Silva Andrade e Antônio Lopes Severo, casal que costumava cuidar da criança. Ambos possuíam antecedentes criminais por tráfico de drogas e homicídio, o que aumentou ainda mais a revolta da população.
Linchamento em meio ao desespero
Na terça-feira, 18 de fevereiro, os suspeitos foram localizados e presos em uma região rural de Carnaíba. Durante a transferência para a delegacia de Tabira, uma multidão enfurecida interceptou a viatura policial e retirou Antônio à força do veículo. Em uma cena de violência extrema, o suspeito foi espancado até ficar inconsciente. Apesar de ter sido levado ao Hospital Regional Emília Câmara, em Afogados da Ingazeira, ele não resistiu aos ferimentos.
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Redes sociais e investigação policial
O linchamento foi amplamente registrado por câmeras de celulares e compartilhado nas redes sociais, gerando repercussão nacional. As imagens mostram dezenas de pessoas atacando Antônio, enquanto os policiais tentavam, sem sucesso, conter a multidão enfurecida.
Diante da gravidade do caso, a Polícia Civil instaurou um inquérito para identificar os envolvidos no linchamento e apurar a conduta dos agentes de segurança. Segundo a delegada responsável, a investigação também confirmou que a mãe de Arthur não estava na cidade no momento do crime e não possui relação com o homicídio.