sábado, abril 19, 2025
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‘Se forem culpados, terão que pagar’, diz Lula sobre denúncia da PGR contra Bolsonaro

Apesar de não abordar o caso em detalhes, Lula fez referência indireta a uma das conclusões mais alarmantes da Polícia Federal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) evitou comentar diretamente, nesta quarta-feira (19), a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 33 acusados de planejarem um golpe de Estado entre 2021 e 2023. Durante um evento no Palácio do Planalto, Lula reforçou o princípio da presunção de inocência e afirmou que, caso os suspeitos sejam considerados culpados, “terão que pagar pelo erro que cometeram”.

Citação indireta ao plano golpista

Apesar de não abordar o caso em detalhes, Lula fez referência indireta a uma das conclusões mais alarmantes da Polícia Federal: a suspeita de que o plano golpista incluía o assassinato do próprio presidente, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.

“Eu não vou comentar um processo que está na Justiça. O que eu posso dizer é que, nesse país, no tempo em que eu governo o Brasil, todas as pessoas têm direito à presunção de inocência. Se provarem que não tentaram dar um golpe e que não tentaram matar o presidente, o vice e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ficarão livres e poderão transitar pelo Brasil inteiro”, declarou Lula.

O presidente reiterou que caberá à Justiça decidir o destino dos investigados. “Se na hora que os juízes forem julgar, chegarem à conclusão de que são culpados, eles terão que pagar pelo erro que cometeram. O processo vai para a Suprema Corte, e eles terão todo o direito de se defender. Não posso comentar mais nada do que isso.”

Denúncia e delação de Mauro Cid

Na terça-feira (18), a PGR denunciou formalmente Bolsonaro e outros 33 suspeitos, acusando-os de arquitetar uma tentativa de golpe para impedir a posse de Lula após a derrota nas eleições de 2022. A denúncia tem como base, entre outros elementos, a delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

A delação de Cid foi tornada pública pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira. O depoimento revela detalhes sobre reuniões, articulações e ordens supostamente dadas para viabilizar a tentativa de golpe.

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